Expectativa de alta na inflação acima de 0,10% em outubro

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Mercado financeiro projeta aumento no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo

O mercado financeiro prevê alta na inflação acima de 0,10% em outubro, segundo dados do IBGE.

O mercado financeiro, em análise recente, aponta uma alta na inflação acima de 0,10% para o mês de outubro, com dados que serão divulgados nesta terça-feira (11/10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é o principal indicador da inflação no Brasil, apresentou uma alta de 0,48% no mês anterior, principalmente impulsionada pelo aumento de 10,31% nos preços da energia elétrica.

Análise do IPCA e suas influências

Além do IPCA, a prévia do índice, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), também apresentou uma alta de 0,18%, refletindo aumentos no preço dos combustíveis. O IPCA é uma ferramenta essencial para o Banco Central, que utiliza suas variações para definir a taxa Selic, atualmente fixada em 15% ao ano. Esse índice mede a variação de preços de uma cesta de bens e serviços, abrangendo 90% da população urbana do país, e inclui categorias como transporte, alimentação, habitação, saúde, educação e vestuário.

Expectativas do mercado financeiro

Os analistas do Banco Daycoval projetam que o IPCA de outubro aumente 0,10%, com elevações nas tarifas de serviços, mas a pressão de alta deve ser mitigada pela estabilização dos preços da energia elétrica. De acordo com a equipe, a recuperação dos preços das passagens aéreas, o aumento do aluguel residencial e a elevação em itens de lazer contribuirão para essa alta. Por outro lado, a diminuição dos efeitos do bônus de Itaipu e a mudança na bandeira tarifária devem resultar em uma deflação nos preços administrados, suavizando a pressão inflacionária.

Desaceleração esperada na inflação

Outro economista, Leonardo Costa, do ASA, prevê uma desaceleração significativa da inflação, com um aumento projetado de 0,15% em outubro. Para ele, a taxa acumulada em 12 meses deve recuar para 4,74%, uma queda em relação aos 5,17% do mês anterior, refletindo a diminuição nos preços da energia elétrica e a deflação em alimentos, especialmente em carnes e produtos in natura.

Perspectiva para a taxa Selic e metas de inflação

Apesar das revisões nas expectativas de inflação, tanto o mercado quanto o Banco Central acreditam que a inflação permanecerá acima da meta prevista para o final de 2025. A meta de inflação, estipulada pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, resultando em um teto de 4,5%. A partir deste ano, a inflação passou a ser medida em formato de meta contínua, contabilizando o acúmulo de seis meses consecutivos.

A divulgação dos dados oficiais pelo IBGE será crucial para entender a trajetória da inflação e suas implicações para a política monetária brasileira.

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