Iniciativa do governo visa beneficiar o setor e consumidores

Mudanças no vale-refeição visam reduzir custos e preços nos supermercados, segundo a Abras.

Com a assinatura do decreto que altera as regras do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) prevista para esta terça-feira (11), a expectativa é que supermercados passem a operar com um “custo menor”. Essa informação foi confirmada por João Galassi, presidente da Abras (Associação Brasileira de Supermercados), em uma entrevista ao CNN Money.

O PAT tem como objetivo auxiliar as empresas que fornecem benefícios de alimentação aos seus colaboradores, oferecendo isenções fiscais. As novas regras buscam ampliar a acessibilidade do programa, tornando-o mais benéfico tanto para os comerciantes quanto para os consumidores.

Propostas de mudanças no PAT

Dentre as mudanças que foram solicitadas pelo setor varejista e que estão sendo atendidas pelo governo, Galassi destacou alguns pontos importantes:

• Limitação das taxas: A proposta inclui um teto para as taxas que são cobradas de lojas e restaurantes durante as transações que envolvem os vales.
• Redução do prazo de reembolso: Os estabelecimentos que aceitam esses vales poderão contar com prazos menores para reembolso, o que aumenta a liquidez.
• Padronização dos contratos: A medida visa impedir a cobrança de diferentes taxas, criando um ambiente mais transparente e justo para os comerciantes.

“A taxa só poderá ser aquela taxa e não mais os penduricalhos. Hoje há 17 tipos de taxas e tarifas sendo cobradas das empresas, o que leva a um aumento de custos que impactam o consumidor”, explicou Galassi.

Impacto na inflação e no abastecimento

Galassi acredita que, com a assinatura do decreto, haverá uma redução das taxas, permitindo que o setor supermercadista contribua ainda mais para a diminuição da inflação e para o abastecimento de alimentos na população brasileira. Atualmente, muitos pequenos varejistas não conseguem aceitar pagamentos via vale-refeição devido às altas taxas impostas pelas bandeiras.

Ele enfatiza que, com as mudanças, todos os comerciantes do país devem aceitar o voucher de refeição e alimentação, garantindo acesso a uma maior parte da população. Essa ação pode trazer um alívio significativo tanto para os consumidores quanto para os pequenos negócios, que enfrentam dificuldades devido ao alto custo operacional.

A expectativa é que essa nova regulamentação não só melhore as condições de mercado, mas também traga um efeito positivo na dinâmica de preços dos produtos alimentícios, beneficiando todos os envolvidos na cadeia de abastecimento.

Fonte: www.cnnbrasil.com.br

Fonte: João Galassi, presidente da Abras (Associação Brasileira de Supermercados