Secretário explica retirada de corpos em operação no RJ

Reprodução/TV Cultura

Victor dos Santos detalha ação que resultou em 121 mortes e corpos deixados na mata

Victor dos Santos comentou sobre a retirada de corpos durante megaoperação no Rio de Janeiro.

Contexto da megaoperação policial no Rio de Janeiro

No dia 28 de outubro, a megaoperação policial nos Complexos da Penha e do Alemão resultou em 121 mortes, tornando-se a ação mais letal da história do Brasil. O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor dos Santos, foi entrevistado no programa Roda Viva, da TV Cultura, onde elucidou os eventos que se seguiram ao confronto.

O que aconteceu com os corpos na mata

Após a operação, moradores da região, preocupados com a situação, começaram a retirar os corpos que ficaram na área de mata e os enfileiraram na Praça São Lucas, na Penha. Santos afirmou que a polícia planejava retornar ao local no dia seguinte para realizar a retirada oficial dos cadáveres, mas a situação se complicou devido à troca de tiros que ainda acontecia na área.

Justificativas do secretário sobre a operação

Durante a entrevista, Victor dos Santos justificou a não retirada imediata dos corpos, afirmando que a segurança dos policiais estava em primeiro lugar. Ele ressaltou que, à medida que a operação se desenrolava, era impossível avançar na área de mata devido à intensa troca de tiros. Santos explicou: “22 horas eu estava assistindo a imagem dos drones, e havia troca de tiro na área de mata, não dava pra ver nada”.

Retirada dos corpos pelos moradores

O secretário também comentou a participação dos moradores na retirada dos corpos, dizendo que já havia uma equipe preparada para essa tarefa. No entanto, às 1h da manhã, começou a chegar a informação de que os cadáveres estavam sendo removidos por cidadãos e colocados na rua. Santos expressou preocupação com o fato de que o local do crime não havia mais condições adequadas para uma perícia, uma vez que os corpos já tinham sido retirados.

Repercussão na mídia e entre as autoridades

A atuação da polícia e a cena dos corpos enfileirados na praça geraram grande repercussão na mídia e entre autoridades. O ministro Alexandre de Moraes chegou a decretar que as polícias do Rio preservassem as imagens da megaoperação. Além disso, a situação suscitou uma série de comentários e críticas, incluindo declarações de figuras públicas como o ator Wagner Moura, que se manifestou sobre o ocorrido.

Conclusão sobre a operação e suas consequências

A megaoperação no Rio de Janeiro levantou questões sobre a abordagem policial e as consequências trágicas que podem advir de tais ações. A retirada de corpos por moradores e a dificuldade enfrentada pela polícia em manter a segurança durante a operação são apenas alguns dos pontos que precisam ser considerados em futuras investigações e abordagens de segurança pública na região.

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