Ex-presidente enfrenta medidas cautelares e limitações durante o cumprimento da pena
Hoje, Bolsonaro completa 100 dias em prisão domiciliar com medidas cautelares impostas pelo STF.
Bolsonaro e a prisão domiciliar
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) completa 100 dias em prisão domiciliar nesta terça-feira (11). Desde o decreto de sua prisão domiciliar, ele se encontra sob medidas cautelares rigorosas, como a proibição de usar celular e de manter contato com investigados. Essas condições foram estabelecidas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
Contexto da prisão domiciliar
Bolsonaro teve sua prisão domiciliar decretada após descumprir diversas medidas restritivas impostas a ele. Isso ocorreu no âmbito de um inquérito que investiga a atuação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), seu filho, que foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por suas ações contra o sistema Judiciário. É importante ressaltar que as restrições de liberdade do ex-presidente não estão ligadas à condenação de 27 anos e três meses de prisão por liderar um plano de golpe, mas sim às medidas cautelares estabelecidas.
Medidas cautelares impostas
A defesa de Bolsonaro teve seu primeiro pedido de revogação da prisão domiciliar negado por Moraes, que argumentou que a manutenção das medidas é essencial devido ao risco de fuga do ex-presidente. Durante esses 100 dias, ele já saiu de casa pelo menos três vezes, sendo duas com autorização judicial e uma por emergência médica. Além disso, Bolsonaro pode receber visitas apenas com permissão de Moraes, o que tem gerado discussões frequentes entre sua defesa e os juízes responsáveis.
Interações e restrições
As visitas que Bolsonaro recebe são limitadas, e frequentemente sua defesa solicita a entrada de aliados políticos ou grupos de oração. Além das proibições já mencionadas, ele está sob uso de tornozeleira eletrônica, não pode acessar embaixadas e consulados, e não pode manter contato com autoridades estrangeiras. Essas medidas foram implementadas para evitar qualquer potencial interferência nas investigações em curso e garantir a ordem pública.
Conclusão
Os 100 dias em prisão domiciliar marcam um período tenso na esfera política do Brasil, refletindo as complexas relações entre o sistema Judiciário e figuras políticas proeminentes. As ações de Bolsonaro e a resposta das autoridades continuam a ser objeto de intenso escrutínio público e político.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br
Fonte: Diego Herculano