Imagens capturadas por sondas revelam tonalidade azul, mas explicações apontam para fenômenos óticos
Cometa 3I/ATLAS apresentou aspecto azul em imagens, mas não houve alteração real de cor.
Cometa 3I/ATLAS e sua aparência azul
O cometa 3I/ATLAS, que passou próximo ao Sol no dia 29 de outubro, chamou a atenção por sua aparência mais azul capturada por sondas espaciais. Segundo cientistas, essa tonalidade não reflete uma mudança real de cor, mas é um efeito ótico devido à coma gasosa que envolve o cometa, resultando em um brilho intenso.
A coma, que é a nuvem de gases e poeira que se forma ao redor do núcleo do cometa, reflete a luz de forma diferente da poeira, o que pode alterar a percepção visual do objeto. O brilho do 3I/ATLAS foi registrado por três observatórios espaciais durante sua passagem.
Observações e registros do cometa
As imagens revelaram um aumento rápido de brilho, superando o esperado para cometas semelhantes. Com registros anteriores mostrando uma poeira avermelhada, a tonalidade azul foi uma surpresa para os astrônomos. Qicheng Zhang, do Observatório Lowell, afirmou a ausência de evidências de alteração real na cor do cometa, confirmando que o fenômeno é totalmente devido à coma gasosa.
Desde o início do ano, a coma do 3I/ATLAS já era visível, e o cometa mantém um brilho consistente, sem variações na cor. Observações de telescópios, como o Gemini Norte e o Telescópio Espacial Hubble, mostraram detalhes sobre a estrutura e a coloração do cometa ao longo dos meses.
A aproximação do cometa e suas características
O 3I/ATLAS está programado para alcançar a menor distância da Terra em 19 de dezembro, a aproximadamente 270 milhões de quilômetros. Essa aproximação não representa riscos para o planeta, e os telescópios continuarão a monitorar o objeto até essa data. O cometa é um corpo interestelar, identificado como o terceiro já detectado fora do Sistema Solar, e oferece aos cientistas valiosos dados sobre a formação de outros sistemas estelares.
Além disso, cometas como o 3I/ATLAS são compostos de gelo, rochas e poeira, e a aproximação ao Sol provoca a evaporação do gelo, criando estruturas gasosas. A cauda do cometa, que pode ser desenvolvida por ventos solares, é uma característica notável, embora o 3I/ATLAS tenha apresentado uma cauda incomum durante sua trajetória.
Impacto das observações no estudo do cometa
A combinação de observações feitas a partir da Terra e do espaço enriquece o estudo de cometas como o 3I/ATLAS, que ajudam a entender melhor a composição e o comportamento de objetos celestes em nossa galáxia. A pesquisa sobre cometas não apenas amplia o conhecimento sobre a origem do Sistema Solar, mas também contribui para a compreensão de fenômenos cósmicos em contextos mais amplos.
A comunidade científica está ansiosa para continuar acompanhando o 3I/ATLAS e as informações que serão obtidas durante essa passagem próxima à Terra.
Fonte: www.mixvale.com.br
Fonte: ATLAS