Mudanças na Usiminas (USIM5) com a Ternium no controle da companhia

Análise da aquisição e suas implicações para os acionistas e o mercado

A Ternium assume o controle da Usiminas, trazendo mudanças significativas para acionistas e a estrutura da empresa.

Ternium assume o controle da Usiminas (USIM5)

A Ternium, ao adquirir as participações restantes da Nippon Steel e Mitsubishi na Usiminas (USIM5), fortalece sua posição como líder no setor siderúrgico da América Latina. Esta movimentação, já esperada devido a um acordo anterior, traz tanto oportunidades quanto desafios para a companhia, especialmente em um contexto de demanda fraca e forte concorrência.

Implicações da nova estrutura acionária

A Ternium pagará US$ 2,06 por ação ordinária, totalizando cerca de US$ 315,2 milhões, aumentando sua participação no controle da Usiminas de 51,5% para 83,1%. Essa mudança promete uma simplificação na governança corporativa e um uso mais eficiente do capital. No entanto, a possibilidade de deslistagem sem direito a tag-along pode gerar preocupações entre os acionistas minoritários.

Riscos e desafios para a Usiminas

O Citi aponta que o principal risco para os acionistas é a potencial deslistagem da Usiminas, que poderia aumentar a diferença de preços entre as ações ordinárias e preferenciais. Com um custo estimado em R$ 5 bilhões para fechar o capital, essa hipótese se torna mais plausível, dado o robusto patrimônio líquido da Ternium, que conta com cerca de US$ 2,76 bilhões em recursos de curto prazo.

Contexto do mercado e suas influências

O BTG Pactual destaca que o desempenho da Usiminas está intimamente ligado às discussões sobre medidas antidumping no Brasil. O Departamento de Defesa Comercial (Decom) abriu uma investigação sobre exportações de aço da China, o que pode levar a tarifas antidumping. A decisão, prevista para fevereiro ou março do próximo ano, poderá ter um impacto significativo no comportamento das ações da Usiminas.

Resultados financeiros recentes

Recentemente, a Usiminas informou um prejuízo de R$ 3,5 bilhões no terceiro trimestre, devido a uma perda contábil relacionada ao valor de seus ativos. Esse resultado evidencia os desafios financeiros enfrentados pela empresa e a necessidade de uma gestão estratégica eficaz sob a nova estrutura acionária.

Assim, a aquisição pela Ternium não só muda a propriedade da Usiminas, mas também pode redefinir sua estratégia de mercado e governança, apresentando um cenário complexo para os acionistas e para o futuro da companhia.

Fonte: www.moneytimes.com.br

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