Gavin Newsom critica Trump como ‘espécie invasora’ em cúpula climática

Adriano Machado/Reuters

Governador da Califórnia usa linguagem forte para atacar a ausência de Trump nas discussões sobre mudança climática

Gavin Newsom, governador da Califórnia, critica Trump em cúpula climática por sua ausência e políticas.

Gavin Newsom critica Trump como ‘espécie invasora’ na COP30

Na COP30, realizada em Belém, o governador da Califórnia, Gavin Newsom, não poupou críticas a Donald Trump, chamando-o de “espécie invasora” e denunciando sua falta de compromisso com a crise climática. Trump, que não enviou uma delegação para as discussões, é acusado por Newsom de reverter políticas ambientais essenciais que foram estabelecidas ao longo do último século.

Newsom, como o político norte-americano mais proeminente presente na cúpula, destacou a necessidade de uma liderança forte na luta contra a mudança climática, especialmente em um momento em que as nações do mundo estão buscando reduzir suas emissões de carbono. “Ele não se preocupa com o nosso futuro, apenas com interesses pessoais e políticos”, disse Newsom, referindo-se ao ex-presidente.

A ausência de Trump e suas consequências

A falta de Trump na COP30 é vista como uma oportunidade para líderes locais e estaduais, como Newsom, se destacarem na arena internacional. “O vazio deixado pela administração Trump nos permite mostrar que ainda há um compromisso com a ação climática nos EUA”, afirmou Newsom. Ele enfatizou que os estados e cidades estão prontos para liderar, mesmo quando o governo federal falha.

Além disso, Newsom criticou os planos de Trump de abrir a costa da Califórnia para perfuração de petróleo, afirmando que isso não acontecerá enquanto ele for governador. “Isso vai acontecer sobre meu cadáver. Ele quer que a Califórnia seja um paraíso para a indústria do petróleo, mas não se preocupa com sua própria casa em Mar-a-Lago”, afirmou, desafiando a hipocrisia de Trump.

O impacto das políticas de Trump

As palavras de Newsom ecoam preocupações mais amplas sobre o impacto das políticas de Trump no clima global. O ex-presidente, que já chamou a crise climática de um “golpe”, continua a pressionar por uma dependência maior de combustíveis fósseis. Newsom alertou que essas ações beneficiam economias rivais, como a China, que está liderando a transição para energias renováveis.

“Xi Jinping deve estar rindo de nós. Enquanto ignoramos a crise climática, eles dominam a cadeia de suprimentos de energia limpa”, declarou Newsom, sublinhando a necessidade de um retorno ao compromisso com acordos internacionais, como o Acordo de Paris, do qual os EUA se retiraram sob a administração Trump.

A importância da ação local

Na COP30, Newsom representa não apenas a Califórnia, mas também uma coalizão de governadores que apoiam a ação climática. Ele faz parte da Aliança Climática dos EUA, um grupo que reúne estados com mais da metade da população norte-americana. Essa aliança tem sido essencial para mostrar que, mesmo sem a participação do governo federal, o compromisso com a ação climática permanece forte.

Perspectivas futuras

Enquanto Newsom fala sobre a necessidade de recontextualizar o debate sobre a mudança climática, ele também é visto como um potencial candidato nas eleições presidenciais de 2028. Ele enfatizou a importância de conectar as questões climáticas ao cotidiano das pessoas, destacando que a mudança climática afeta diretamente questões como o custo de vida e a segurança contra desastres naturais. “Precisamos falar sobre isso em termos que as pessoas entendem”, concluiu Newsom, reforçando a urgência de uma nova narrativa sobre a crise climática.

Fonte: www.theguardian.com

Fonte: Adriano Machado/Reuters

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