Presidente colombiano critica ações militares da administração Trump e pede investigação por crimes de guerra.
Gustavo Petro determina a suspensão do compartilhamento de inteligência com os EUA em resposta a ataques no Caribe.
Gustavo Petro interrompe compartilhamento de inteligência com os EUA
Em uma decisão significativa, o presidente colombiano Gustavo Petro anunciou a suspensão do compartilhamento de inteligência com as agências de segurança dos Estados Unidos. A medida foi tomada em resposta aos ataques aéreos realizados pela administração do presidente Donald Trump, direcionados a barcos no Caribe. Segundo Petro, “uma ordem foi dada em todos os níveis das forças de segurança pública para suspender comunicações e outros tratos com agências de segurança dos EUA”, e essa suspensão permanecerá enquanto os ataques continuarem.
Críticas aos ataques e pedido de investigação
Petro não poupou críticas às ações militares dos EUA, que, segundo ele, têm causado a morte de civis. Ele afirmou que os ataques estão sendo realizados sob a justificativa de combater o tráfico de drogas, mas resultam em um número alarmante de vítimas, incluindo cidadãos da Colômbia, Venezuela, Equador e Trinidad e Tobago. O presidente colombiano exigiu que Trump seja investigado por crimes de guerra, destacando a necessidade de responsabilização pelas ações que têm gerado dor e sofrimento.
Contexto da relação entre Colômbia e EUA
A relação entre Petro e a administração Trump tem sido marcada por tensões. O presidente colombiano, conhecido por sua crítica à política de drogas americana, argumenta que os esforços atuais são mal direcionados, focando em pequenos agricultores em vez de grandes traficantes. Além disso, o governo dos EUA tem criticado Petro por sua postura considerada branda em relação aos traficantes e por não extraditar líderes rebeldes envolvidos no tráfico de drogas.
Repercussões internacionais
A suspensão do compartilhamento de inteligência com os EUA ocorre em um momento em que a presença militar americana na região está aumentando. A chegada do porta-aviões Gerald R. Ford ao Caribe alimenta especulações sobre uma possível escalada nas ações militares dos EUA, principalmente contra o governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro. Essa movimentação militar foi confirmada pelo Pentágono, que destacou a presença de mais de 4.000 marinheiros e aeronaves táticas a bordo do porta-aviões.
Conclusão e próximos passos
A medida de Petro reflete uma crescente insatisfação com a política dos EUA na região e um apelo por um novo direcionamento nas relações bilaterais. O presidente colombiano tem buscado um diálogo mais respeitoso e uma abordagem que priorize os direitos humanos e a vida dos civis. O futuro das relações entre Colômbia e Estados Unidos dependerá das respostas e ações que se seguirão a essa suspensão de inteligência, assim como da evolução dos conflitos na região.
Fonte: www.aljazeera.com
Fonte: Luisa Gonzalez