Entenda a situação dos acionistas da Oi e as orientações de advogados
Falência da Oi gera incertezas para acionistas, que podem não ver retorno sobre investimentos.
O impacto da falência da Oi nos acionistas
A falência da Oi (OIBR3;OIBR4) foi decretada, trazendo grandes incertezas para os acionistas da companhia. Com a decisão da Justiça do Rio de Janeiro, os ativos da Oi passarão por liquidação para saldar dívidas com credores. Neste contexto, os acionistas, que possuem ações ordinárias ou preferenciais, enfrentam um futuro incerto e preocupante.
O que dizem os especialistas sobre os direitos dos acionistas
Advogados consultados indicam que os acionistas estão em uma posição desfavorável. Thomaz Sant’Ana, sócio do PGLaw, explica que os acionistas só terão direito a receber algum valor se sobrar algo após o pagamento dos credores. Essa possibilidade é considerada extremamente improvável, dada a situação financeira crítica da Oi. “Os credores, como trabalhadores, bancos e fornecedores, são priorizados na ordem de pagamento estabelecida pela Lei de Falências”, afirma Sant’Ana.
Giovanna Michelleto, fundadora do Mit Advogados, recomenda que os acionistas acompanhem a liquidação dos ativos, pois só então terão uma ideia se haverá algum saldo a ser distribuído. Contudo, ela também ressalta a improbabilidade dessa situação. “A dívida da Oi é incompatível com seus ativos, e em processos de falência, os ativos geralmente são vendidos por valores inferiores aos avaliados anteriormente”, destaca.
Possibilidade de responsabilização de gestores
Em casos de indícios de fraude ou má gestão, os acionistas podem buscar responsabilização dos administradores da Oi. Sant’Ana e Michelleto mencionam que, embora existam possibilidades de ações judiciais, estas costumam ser longas e com baixas chances de sucesso. A recomendação é que os acionistas analisem cuidadosamente a situação.
O que fazer agora como acionista da Oi
Com a falência decretada, a prioridade é acompanhar a liquidação dos ativos e verificar se haverá alguma possibilidade de reembolso, embora a expectativa seja negativa. Sant’Ana sugere que, se houver perdas, os acionistas podem utilizá-las para compensar lucros em investimentos futuros, ajudando a minimizar o impacto tributário.
O estado atual da Oi e suas ações
Na segunda-feira (10), a 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro formalizou a falência da Oi, que estava enfrentando o segundo processo de recuperação judicial. A decisão foi tomada após a conclusão de que a empresa não possui condições de cumprir seu plano de recuperação. A B3, a bolsa de valores brasileira, suspendeu a negociação das ações da Oi por tempo indeterminado, indicando a gravidade da situação.
A falência da Oi representa um duro golpe para os investidores e um alerta sobre os riscos associados ao investimento em empresas com dificuldades financeiras. Os acionistas devem estar cientes de suas posições e considerar as orientações de advogados especializados para entender melhor suas opções neste processo.
Fonte: www.moneytimes.com.br
Fonte: Oi, OIBR3, Gol, GOLL4, Cosan, CSAN3, Mercados, Empresas, Radar do Mercado