Senador argumenta sobre a necessidade de suporte ao setor agropecuário e a valorização da floresta amazônica
Senador Luiz Carlos Heinze defende agronegócio e sugere regulação do mercado de carbono para valorização da floresta amazônica.
Heinze defende o agronegócio em pronunciamento no Senado
No dia 11 de novembro de 2025, durante uma sessão no Senado, o senador Luiz Carlos Heinze (PP-RS) enfatizou a importância do agronegócio para a economia brasileira. Segundo ele, o Brasil oferece poucos subsídios aos produtores rurais em comparação a outros países. Heinze utilizou dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para ilustrar a diferença, apontando que enquanto a China subvenciona 37% de seus agricultores, os Estados Unidos oferecem 15%, a Índia 14% e a União Europeia 13%, enquanto o Brasil destina apenas 3%.
— “Não temos subvenção como os europeus, asiáticos e americanos têm e, mesmo assim, somos um dos maiores produtores e exportadores de alimento para o mundo”, destacou o senador. Ele ressaltou que o agronegócio é responsável pela geração de quase 40% dos empregos no país e pelo abastecimento de mais de 200 milhões de brasileiros e 1 bilhão de pessoas no exterior.
Proposta de regulação do mercado de carbono
Heinze também abordou a questão da floresta amazônica, argumentando que o Brasil deve valorizar economicamente essa riqueza natural. Ele propôs a regulamentação do mercado de crédito de carbono, afirmando que isso beneficiaria tanto o meio ambiente quanto os produtores rurais. O senador anunciou sua intenção de apresentar um requerimento para uma nova audiência pública sobre o tema.
Ele citou a cooperativa Copagril, localizada no Paraná, como exemplo positivo, pois já remunera produtores rurais pela preservação da vegetação nativa. Heinze mencionou que, de acordo com o Banco Itaú, o valor potencial da floresta amazônica chega a US$ 140 bilhões no mercado atual e pode alcançar US$ 2 trilhões em um mercado regulado.
— “Esses agricultores já estão recebendo dinheiro da venda do crédito de carbono. Um trabalho ímpar que a Cooperativa Copagril está fazendo e que pode ser referência para toda a produção agrícola do Brasil”, afirmou.
A importância do agronegócio e seu futuro
O pronunciamento de Heinze reflete uma preocupação crescente com o futuro do agronegócio no Brasil e a necessidade de políticas que incentivem a produção sustentável. A regulação do mercado de carbono pode representar uma oportunidade significativa não apenas para a preservação ambiental, mas também para o fortalecimento econômico dos agricultores brasileiros.
A discussão sobre o agronegócio e o meio ambiente está se tornando cada vez mais relevante, à medida que o mundo busca soluções para os desafios das mudanças climáticas e a necessidade de garantir a segurança alimentar global. O papel dos senadores e das políticas públicas será crucial para equilibrar esses interesses e promover um desenvolvimento sustentável no país.


