Apesar do aumento no prejuízo, a companhia apresenta crescimento nas vendas e melhora operacional
Casas Bahia reporta prejuízo de R$ 496 milhões no 3T25, embora tenha registrado crescimento nas vendas.
Prejuízo da Casas Bahia no 3T25
A Casas Bahia (BHIA3) registrou um prejuízo líquido de R$ 496 milhões no terceiro trimestre de 2025 (3T25), representando um aumento em relação aos R$ 369 milhões do mesmo período do ano anterior. Este resultado, embora negativo, é acompanhado por um crescimento nas vendas, que subiram 8,5% em comparação ao 3T24, totalizando R$ 10,5 bilhões, um acréscimo de R$ 825 milhões.
Crescimento nas vendas e desempenho do e-commerce
No acumulado do ano, a companhia já registrou um crescimento de R$ 2,5 bilhões sobre 2024, com destaque para as principais categorias de produtos. As lojas físicas apresentaram um aumento de 5,9% em GMV (Gross Merchandise Volume) e 7,8% nas vendas em mesmas lojas. O e-commerce, por sua vez, teve um crescimento ainda mais robusto de 12,7%, marcando o quarto trimestre consecutivo de alta. O 1P online teve um desempenho notável, com crescimento de 9,2%, enquanto o 3P cresceu 17,7%, com receita aumentando em 19%, resultando em um take rate de 13,2%.
Indicadores financeiros e margens
A margem bruta da empresa caiu para 30,0%, em comparação com 31,6% no 3T24. O SG&A (Selling, General and Administrative Expenses) apresentou uma redução de 2,4 pontos percentuais, caindo para 22,5% da receita líquida. O EBITDA ajustado da companhia alcançou R$ 587 milhões, um aumento de 19,6%, resultando em uma margem de 8,5%, com um acréscimo de 0,8 ponto percentual. O EBIT também cresceu, atingindo R$ 282 milhões, com margem de 4,1%.
Liquidez e gestão de crediário
A Companhia encerrou o trimestre com uma liquidez de R$ 3,0 bilhões e um fluxo de caixa livre positivo de R$ 488 milhões. Destaca-se a diminuição de 72% nas demandas trabalhistas, que totalizaram R$ 55 milhões. A monetização de tributos alcançou R$ 163 milhões no trimestre e R$ 862 milhões no acumulado do ano. A carteira de crediário da empresa totalizou R$ 6,2 bilhões, com alta de 8,1%, e uma inadimplência de 8,4%, resultando em uma perda líquida de 4,5%. O crediário representou 27% das vendas nas lojas físicas e 8% nos canais digitais.
Conclusão
Embora a Casas Bahia tenha ampliado seu prejuízo no 3T25, o crescimento nas vendas demonstra uma recuperação operacional. O investimento em e-commerce e a melhora em diversas frentes financeiras sinalizam um potencial de recuperação e fortalecimento da marca no mercado.
Fonte: www.moneytimes.com.br