Resultados positivos refletem desempenho das distribuidoras e medidas de ressarcimento
A CPFL Energia (CPFE3) teve lucro de R$ 1,38 bilhão no 3T25, alta de 3,3% em relação ao ano anterior.
CPFL Energia registra lucro de R$ 1,4 bilhão no terceiro trimestre de 2025
A CPFL Energia (CPFE3) anunciou um lucro líquido de R$ 1,38 bilhão no terceiro trimestre de 2025, uma alta de 3,3% em comparação ao ano anterior. Este resultado superou a expectativa média de analistas, que era de R$ 1,14 bilhão, segundo estimativas da IBES, da LSEG. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) também teve um leve crescimento de 0,3%, totalizando R$ 3,16 bilhões, acima da previsão do mercado de R$ 2,98 bilhões.
O desempenho positivo da CPFL foi impulsionado principalmente pelo resultado das distribuidoras de energia, que se beneficiaram de uma redução na provisão para devedores duvidosos, melhorias nos indicadores de perdas e reajustes tarifários. Contudo, o setor de geração de energia sentiu os efeitos negativos dos cortes impostos pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que resultaram em um impacto financeiro significativo. No trimestre, a CPFL enfrentou um ‘curtailment’ de 37% na produção dos seus parques eólicos, o que representou uma perda financeira de R$ 219 milhões. Em contrapartida, no mesmo período do ano anterior, essa taxa era de 27%, com uma perda de R$ 149 milhões.
O CEO da empresa, Gustavo Estrella, comentou sobre os desafios enfrentados, afirmando que os níveis de restrição nas usinas devem aumentar, já que ainda não há uma solução técnica para o problema. Ele também celebrou a aprovação da Medida Provisória 1.304, que estabelece regras para o ressarcimento aos geradores, e destacou que esta medida pode ajudar a melhorar a situação financeira da empresa. Estrella espera que o efeito do ressarcimento possa ser contabilizado já no quarto trimestre, embora o impacto no caixa possa se estender para o início do próximo ano.
Além dos desafios, a CPFL enfrentou um impacto negativo do risco hidrológico no terceiro trimestre, associado a uma geração efetiva das usinas hidrelétricas abaixo dos volumes contratados. Em relação ao próximo período úmido, Estrella previu uma ‘baixa hidrologia’, o que tende a manter os preços da energia no mercado de curto prazo em níveis elevados, apesar da pressão de uma demanda reduzida.
No que tange a novos negócios, o CEO mencionou que a CPFL deverá ser mais competitiva nos próximos leilões de transmissão de energia, após ter adquirido um dos maiores lotes em um leilão recente. Ele ressaltou que cada leilão ganho aumenta os investimentos e a competitividade da empresa. A CPFL também está avaliando oportunidades no segmento de armazenamento de energia, com foco não apenas em baterias, mas também em usinas hidrelétricas reversíveis. “Isso pode se tornar um novo modelo de negócios escalável para nós”, concluiu Estrella, esperando que novas regras para o setor sejam definidas em breve.
Fonte: www.moneytimes.com.br
Fonte: CPFL Energia