Senador Carlos Viana destaca importância da atuação do STF na investigação de desvios
Carlos Viana, presidente da CPMI do INSS, elogia decisão do STF e comemora prisões em operação contra fraudes.
CPMI do INSS celebra avanços em investigações de fraudes
Na tarde de 13 de novembro de 2025, em Brasília, o presidente da CPMI do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), elogiou a decisão do ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), que resultou na prisão de diversos investigados por fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Os presos incluem o empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS, e o ex-presidente do instituto, Alessandro Stefanutto.
Viana destacou que a atuação de Mendonça foi crucial para garantir a independência das investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU). “A verdade veio à tona graças à autonomia permitida por essa pequena faixa dentro do STF”, afirmou Viana, ressaltando a necessidade de transparência e responsabilidade na gestão pública.
Próximas etapas da CPMI
O senador também mencionou que a CPMI está em sua segunda fase, que incluirá a convocação de representantes de instituições bancárias supostamente envolvidas em irregularidades, como a cobrança de juros abusivos a aposentados e pensionistas. “Essas instituições são investigadas por práticas como a venda casada de seguros e a imposição de descontos a associações e sindicatos”, explicou Viana durante a coletiva de imprensa.
Impacto da operação
Além de Viana, o relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), também elogiou a decisão do STF e a importância das investigações. Segundo ele, a CPMI está trazendo à luz fatos novos que podem ser fundamentais para a justiça. Gaspar afirmou que a comissão não permitirá a blindagem de nenhuma tendência ideológica e que seu trabalho é essencial para combater a impunidade e a corrupção.
Testemunhos na CPMI
A audiência do dia foi marcada pelo silêncio do advogado Eric Douglas Martins Fidelis, que se negou a responder perguntas sobre a movimentação financeira de seu escritório, vinculado ao ex-diretor de benefícios do INSS, André Fidelis, preso na mesma data. O senador Izalci Lucas (PL-DF) questionou Fidelis sobre contratos de serviços advocatícios que envolvem empresas de parentes dos investigados, revelando um possível esquema de lavagem de dinheiro.
Viana e outros membros da CPMI expressaram a determinação de continuar suas investigações e trazer à tona todos os responsáveis pelo esquema de fraudes no INSS, reafirmando seu compromisso com a justiça e a transparência na administração pública. As próximas audiências prometem revelar ainda mais informações sobre as conexões entre os investigados e as fraudes que têm afetado milhões de aposentados no Brasil.