Brasil registra aumento nas exportações para China e Argentina após tarifaço

A elevação das tarifas sobre produtos brasileiros nos EUA afetou o comércio com outras nações

O aumento das tarifas sobre produtos brasileiros nos EUA provocou crescimento nas exportações para China e Argentina.

Aumento das exportações para China e Argentina

Em um cenário de mudanças comerciais, o Brasil registrou um aumento nas exportações para a China e Argentina, impulsionado pela elevação da tarifa sobre produtos brasileiros nos Estados Unidos. A tarifa, que subiu de 10% para 50% em agosto, levou a uma queda nas vendas para os norte-americanos, conforme revelado por um levantamento do Ministério da Fazenda.

Queda nas exportações para os EUA

Entre agosto e outubro de 2025, as exportações brasileiras de petróleo bruto para os EUA caíram 30,3%, representando uma diminuição de US$ 404 milhões. Além disso, outros produtos como carne bovina congelada e celulose de eucalipto também tiveram reduções significativas, de 60,5% e 33%, respectivamente. O açúcar de cana refinado praticamente deixou de ser enviado, com uma retração de 91,6%.

Crescimento nas vendas para a China

Por outro lado, as exportações para a China aumentaram 25,7%. Produtos como soja, carne bovina, petróleo e minério de ferro foram os principais responsáveis por esse crescimento. As exportações para a Argentina também tiveram um crescimento expressivo de 22%, destacando-se automóveis, caminhões-trator e energia.

Impactos econômicos e medidas de apoio

Além dos dados sobre exportações, o Ministério da Fazenda apresentou números do Plano Brasil Soberano, que visa apoiar empresas afetadas pelo tarifaço. Até o início de novembro, foram realizadas 517 operações de crédito, totalizando R$ 7,1 bilhões, com o objetivo de diversificar mercados e apoiar o capital de giro das empresas.

Alterações nas regras de crédito

O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou uma resolução para ampliar o alcance do Plano Brasil Soberano, que agora inclui fornecedores das empresas exportadoras como beneficiários das linhas de crédito. Para se qualificar, os fornecedores devem ter um faturamento mínimo ligado a exportações afetadas pelas tarifas norte-americanas.

Conclusão

As mudanças nas tarifas dos EUA estão redefinindo o cenário comercial brasileiro, impulsionando novos laços comerciais com a China e Argentina, enquanto as vendas para o mercado americano enfrentam desafios significativos. O governo continua a implementar estratégias para mitigar os efeitos negativos e apoiar os setores mais impactados.

PUBLICIDADE

VIDEOS

Relacionadas: