Sindicância apura falhas nas intervenções que levaram à morte da leoa e da chimpanzé
Prefeitura de BH abre sindicância para investigar mortes de animais no zoológico após uso de anestésicos.
Investigação sobre mortes de animais no zoológico de Belo Horizonte
A Prefeitura de Belo Horizonte publicou nesta sexta-feira (14) uma portaria no Diário Oficial do Município que institui uma comissão de sindicância. Esta equipe será responsável por analisar documentos técnicos e procedimentos realizados, para investigar as causas que levaram à morte da leoa Pretória e da chimpanzé Kelly durante um procedimento anestésico. A sindicância tem um prazo inicial de 30 dias, podendo ser prorrogada se necessário.
A Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica (FPMZB) já iniciou um processo de investigação interna para apurar as circunstâncias das mortes. Além disso, a FPMZB está em contato com a Fundação Ezequiel Dias (Funed) para verificar a possibilidade de recolhimento do lote de anestésicos utilizados. O objetivo é identificar se houve contaminações ou outras irregularidades que possam ter contribuído para os óbitos.
Contexto das mortes
A morte da leoa branca, de 14 anos, ocorreu na terça-feira (11), após sofrer uma parada cardiorrespiratória durante um procedimento anestésico para tratamento de canal. Um dia após a morte da leoa, na quarta-feira (12), a chimpanzé Kelly também faleceu. Ela havia chegado ao zoológico de Belo Horizonte em outubro e estava em quarentena, passando por um tratamento devido a complicações no útero. Durante um exame que exigia anestesia, não resistiu ao procedimento.
Ambos os animais eram recém-chegados ao zoológico, provenientes do Parque Beto Carrero World, localizado em Santa Catarina. A perda de animais em zoológicos é uma questão sensível, e a FPMZB justifica a investigação como uma medida necessária para garantir a segurança e o bem-estar dos demais animais sob sua responsabilidade.
Dados sobre mortalidade no zoológico
O Prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião, afirmou que, nos últimos cinco anos, a média de mortes de animais no zoológico gira em torno de 48 por ano. O ano de 2025 foi destacado como o que apresentou o menor número de mortes, com 35 óbitos registrados até então. Essa informação levanta preocupações sobre a gestão de saúde animal e os procedimentos adotados nas intervenções realizadas no zoológico.
Conclusão
A sindicância e a investigação interna são passos cruciais para esclarecer as causas das mortes de Pretória e Kelly. A transparência nesse processo é essencial para recuperar a confiança da população nas instituições responsáveis pelo cuidado dos animais, além de garantir que medidas corretivas sejam implementadas para evitar que incidentes semelhantes ocorram no futuro.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br
Fonte: Prefeitura de Sorocaba