Tuberculose continua a ser uma das doenças mais letais do mundo, revela OMS

Relatório da Organização Mundial da Saúde destaca o impacto da tuberculose e os desafios para sua eliminação

OMS aponta que tuberculose causou 1,2 milhão de mortes em 2024, destacando a urgência de ações para sua eliminação.

Tuberculose continua a ser uma das doenças mais letais do mundo

Em um relatório global divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quarta-feira, 12, a tuberculose foi identificada como uma das doenças infecciosas mais letais do planeta. Em 2024, a tuberculose causou cerca de 10,7 milhões de novos casos e mais de 1,2 milhão de mortes, destacando a gravidade da situação atual.

Foco das novas infecções está em países específicos

Segundo a OMS, 87% das novas infecções em 2024 se concentraram em 30 países, com oito deles responsáveis por 67% do total global. Esses países incluem a Índia, que sozinha representa 25% das novas infecções, seguida por Indonésia, Filipinas, China, Paquistão, Nigéria, República Democrática do Congo e Bangladesh. O alerta da OMS ressalta a necessidade urgente de intervenções nesses locais.

Como a tuberculose se espalha e seus sintomas

A tuberculose é transmitida pelo ar e tende a se espalhar em ambientes com aglomerações. Embora afete principalmente os pulmões, a doença pode afetar outros órgãos, como os rins e o sistema nervoso. Os sintomas mais comuns incluem tosse com secreção, cansaço excessivo e emagrecimento acentuado. Em casos mais graves, a tuberculose pode levar à destruição do tecido pulmonar, resultando em complicações sérias como insuficiência respiratória.

Desafios para a eliminação da tuberculose

Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, enfatizou em nota que “o fato de a tuberculose matar mais de um milhão de pessoas por ano, apesar de ser prevenível e curável, é simplesmente inadmissível”. A OMS está colaborando com os países para acelerar o progresso em direção à meta de eliminação da doença até 2030. Contudo, a recuperação ainda é lenta, com a taxa global de novos casos diminuindo apenas 2% entre 2023 e 2024.

Avanços e desafios na luta contra a tuberculose

Entre 2015 e 2024, algumas regiões apresentaram melhorias significativas, como a África e a Europa, que viram reduções significativas na incidência e nas mortes por tuberculose. No entanto, a OMS alerta que o financiamento está estagnado desde 2020, e o investimento global em 2024 foi de apenas US$ 5,9 bilhões, muito abaixo da meta anual de US$ 22 bilhões estabelecida para 2027. A falta de recursos pode resultar em até 2 milhões de mortes adicionais e 10 milhões de novos casos até 2035.

Fatores de risco que agravam a epidemia

O relatório também destaca fatores de risco que impulsionam a epidemia de tuberculose, como desnutrição, HIV, diabetes, tabagismo e consumo de álcool, além de questões estruturais como pobreza e acesso limitado a serviços de saúde. No Brasil, embora o país não esteja entre os que concentram mais casos, foram registrados 84.308 novos diagnósticos no último ano, com uma parte significativa das infecções originando-se no sistema prisional, onde as condições de vida exacerbam o risco de adoecimento.

Conclusão

A luta contra a tuberculose requer uma abordagem multifacetada que inclua melhor financiamento, acesso a tratamento e conscientização sobre os fatores de risco. A OMS continua a liderar iniciativas para acelerar o desenvolvimento de novas vacinas e melhorar a cobertura de proteção social nos países mais afetados, mas a colaboração global é essencial para alcançar a eliminação da tuberculose até 2030.

Fonte: nossodia.com.br

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