Condenações ocorreram após júri que reconheceu tentativas de homicídio e outros crimes
Tribunal do Júri condena dupla por tentativa de homicídio a delegado no Guarujá; penas superam 48 e 35 anos.
Condenação de dupla por tentativa de homicídio a delegado no Guarujá
O Tribunal do Júri de Santos, em sessões realizadas entre os dias 11 e 12 de outubro de 2023, decidiu pela condenação de uma dupla acusada de tentar assassinar o delegado da Polícia Federal (PF) Thiago Selling da Cunha, de 40 anos, no Guarujá, litoral sul de São Paulo. O crime ocorreu em agosto deste ano, durante uma operação policial na comunidade da Vila Zilda.
Detalhes do crime e condenações
O autor dos disparos foi condenado a mais de 48 anos de prisão, enquanto seu cúmplice recebeu uma pena superior a 35 anos. A decisão dos jurados foi unânime ao reconhecer a autoria das tentativas de homicídio, além de porte de armas de uso restrito, tráfico de drogas e atividades clandestinas de telecomunicação. Ambos os condenados estão detidos e não têm direito a recorrer em liberdade.
A operação que levou à tentativa de homicídio
Thiago Selling da Cunha foi alvo de disparos na cabeça enquanto cumpria mandados de busca e apreensão em uma ação contra o tráfico de drogas. O ataque ocorreu em 15 de agosto de 2023, quando a PF conseguiu apreender uma submetralhadora, uma pistola, dinheiro e drogas. Os dois suspeitos foram detidos em flagrante e autuados por tentativa de homicídio e tráfico de drogas.
Envolvimento do PCC e antecedentes criminais
Durante a audiência, o juiz levou em consideração a gravidade dos delitos cometidos e os antecedentes dos réus. O autor dos disparos, identificado como membro do Primeiro Comando da Capital (PCC), já respondia por tráfico de drogas e roubo qualificado antes do incidente. O Ministério Público Federal (MPF) atuou no caso, com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e do Grupo de Atuação em Temática Jurídica (GATJ).
Repercussão e medidas de segurança
A tentativa de homicídio contra o delegado Selling destaca a crescente violência enfrentada pelos agentes de segurança pública no Brasil, especialmente em operações contra o tráfico de drogas. O caso foi amplamente noticiado e gerou discussões sobre a necessidade de medidas de proteção para os profissionais que atuam na linha de frente do combate ao crime organizado.
A condenação reforça a atuação das autoridades no enfrentamento aos crimes violentos e a importância de um sistema judiciário que responda de forma rigorosa a ações desse tipo. O MPF reafirma seu compromisso de trabalhar em conjunto com a PF e outras agências no combate ao tráfico de drogas e na proteção dos direitos dos cidadãos.
Sob supervisão de Tonny Aranha
Fonte: www.cnnbrasil.com.br
