Inovação busca oferecer alternativas alimentares nutritivas para astronautas em missões prolongadas
Cientistas criam proteína a partir de urina para proporcionar alimentação no espaço.
Proteína a partir de urina: uma solução para a alimentação no espaço
Viajar ao espaço não é tarefa fácil: além de enfrentar condições extremas, os astronautas têm dificuldade até para se alimentar com opções nutritivas. Pensando nisso, pesquisadores europeus desenvolveram um pó de proteína feito de ar, água, eletricidade e a urina dos tripulantes, fermentado por microrganismos. Essa inovação, chamada HOBI-WAN (bactérias oxidantes de hidrogênio em ausência de peso como fonte de nutrição), teve a fase de testes iniciada em novembro de 2025.
Parceria entre empresas para desenvolvimento de proteína
O projeto é uma colaboração entre a empresa alemã OHB System AG e a finlandesa Solar Foods, financiado pela Agência Espacial Europeia (ESA). A proposta é não utilizar ingredientes de origem vegetal ou animal na produção da proteína. A empresa finlandesa já havia criado anteriormente o Solein, uma proteína alternativa, mas o foco agora é adaptá-la para o espaço.
Testes em ambiente controlado
A primeira fase dos testes está sendo realizada em um ambiente controlado na Terra e deve durar cerca de oito meses. Se os resultados forem satisfatórios, a proteína será fabricada e levada até a Estação Espacial Internacional (EEI) para observar como o pó se comporta nas condições de microgravidade.
Processo de produção da proteína
Para criar a proteína, microrganismos são colocados em biorreatores, onde se alimentam de dióxido de carbono, hidrogênio e nitrogênio. No espaço, esses elementos são obtidos a partir do ar e da ureia presente na urina dos astronautas. Através da fermentação, os compostos se transformam em moléculas proteicas, resultando em um pó amarelo de sabor neutro.
Aplicações da nova proteína
O produto poderá servir como uma alternativa à carne, podendo ser utilizado em diversas preparações, como macarrão e sorvete. Além de beneficiar os astronautas, essa proteína também pode ter aplicações na Terra, ampliando as opções de alimentação sustentável.
Futuro da alimentação espacial
Caso seja aprovada, a proteína a partir de urina poderá ser uma adição significativa no cardápio das naves espaciais, contribuindo para a nutrição em missões prolongadas. Essa inovação representa um passo importante na busca por soluções alimentares eficientes e sustentáveis para o futuro das viagens espaciais.
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Fonte: www.metropoles.com
Fonte: Divulgação/Solar Foods