Desmatamento na Amazônia cai, mas queimadas aumentam em 2025

Brasil2/Getty Imagens

Relatório aponta redução no desmatamento e crescimento das queimadas na região amazônica

Dados indicam queda no desmatamento, mas aumento nas queimadas na Amazônia em 2025.

Desmatamento na Amazônia apresenta queda, mas queimadas se intensificam

Os dados mais recentes sobre a Amazônia mostram duas tendências que parecem caminhar em sentidos opostos. O balanço da temporada 2023/2024 registrou uma redução de 30,6% no desmatamento, com 6.288 quilômetros quadrados de floresta derrubados, o menor índice em quase uma década. No entanto, quando o foco está no início de 2025, o cenário se inverte. Os alertas do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), mostram crescimento acelerado na área sob risco de destruição em abril e maio. Essa realidade acende um alerta sobre a saúde ambiental da região.

Queimadas em alta: um desafio contínuo para a Amazônia

O crescimento das queimadas tem sido um fator preocupante nos últimos anos. De acordo com especialistas, uma parte expressiva desse avanço está diretamente relacionada às queimadas, que se intensificaram, especialmente em períodos de seca. O engenheiro ambiental Alessandro Bertolino, professor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), esclarece que a redução do desmatamento não significa necessariamente uma melhora no estado da Amazônia, pois as queimadas podem ocorrer tanto em áreas já desmatadas quanto em regiões intactas.

Impactos das queimadas nos ecossistemas

O engenheiro florestal Eraldo Matricardi, professor da Universidade de Brasília (UnB), destaca que a proporção de queimadas continua alta em pastagens, áreas agrícolas e até em vegetação nativa. A propagação do fogo tem impactos devastadores, comprometendo o solo, a biodiversidade e a produção de água, além de aumentar as emissões de gases de efeito estufa. Esse cenário evidencia a necessidade de uma abordagem integrada no combate aos incêndios florestais.

Desafios na fiscalização e a necessidade de ações efetivas

A dinâmica do fogo também revela desafios significativos na fiscalização. Jorge Antonio de Farias, engenheiro florestal da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), acredita que as ações contra o desmatamento não têm sido acompanhadas de medidas eficazes para enfrentar as queimadas. A geógrafa Cláudia Nascimento, professora da Universidade Católica de Brasília (UcB), alerta que a permanência de queimadas em níveis altos mantém o bioma sob forte pressão, mesmo em um contexto de redução do desmatamento.

Considerações finais e a importância da preservação

Apesar da queda do desmatamento, manter altos índices de queimadas na Amazônia gera impactos severos para o equilíbrio do bioma, o clima global e a saúde das populações locais. As autoridades e especialistas clamam por políticas públicas mais eficazes que integrem o combate ao desmatamento e às queimadas, a fim de preservar a Amazônia e garantir um futuro sustentável para a região.

Fonte: www.metropoles.com

Fonte: Brasil2/Getty Imagens

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