Pix completa cinco anos como o método de pagamento favorito no Brasil

Breno Esaki/Metrópoles @BrenoEsakiFoto

Sistema de pagamentos revolucionou a forma de transações financeiras no país desde seu lançamento.

O Pix, lançado em 2020, celebra cinco anos transformando pagamentos no Brasil.

Pix: um marco na história dos pagamentos no Brasil

O Pix, sistema de pagamentos instantâneos lançado pelo Banco Central (BC) em novembro de 2020, completa cinco anos de funcionamento neste domingo (16/11). Desde sua implementação, o Pix se tornou o meio de pagamento preferido dos brasileiros, transformando a maneira como o dinheiro é transferido e movimentado no país.

No primeiro semestre de 2025, o Pix movimentou R$ 15 trilhões, realizando 36,9 bilhões de operações, o que representa 50,9% de todas as transações financeiras no Brasil. Esse número reflete um crescimento de 27,6% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Até maio de 2025, o sistema já contava com 167,5 milhões de usuários e 20,1 milhões de empresas, segundo dados do Banco Central.

Impactos na economia e inclusão financeira

O impacto do Pix na economia brasileira é profundo. Ao facilitar o acesso a pagamentos digitais, o sistema contribuiu para a inclusão financeira de milhões de pessoas e pequenas empresas. Isso reduziu a dependência do dinheiro em espécie, simplificando as transações diárias e promovendo uma maior eficiência nos processos financeiros.

Além disso, o Pix tem substituído saques em dinheiro. O Pix Saque, que permite retirar dinheiro em estabelecimentos conveniados, cresceu 36,2% desde seu lançamento, totalizando 7,7 milhões de transações no primeiro semestre de 2025.

Desafios e preocupações com a segurança

Apesar dos benefícios, o crescimento do uso do Pix também trouxe desafios, especialmente no que diz respeito à segurança. O Banco Central expressou preocupação com fraudes e golpes associados ao sistema. Entre os tipos de fraudes mais comuns estão:

  • Engenharia social: Criminosos se apresentam como atendentes de instituições financeiras, alegando detectar movimentações suspeitas e persuadindo as vítimas a realizar transferências de segurança.
  • Contas laranja: Utilização de CPFs alugados ou roubados para criar contas digitais que servem exclusivamente para receber valores de golpes.
  • Golpe do falso atendimento via WhatsApp: Criminosos clonam números de amigos ou familiares para solicitar transferências urgentes.
  • Sequestro-relâmpago: Criminosos exigem transferências imediatas, aproveitando a instantaneidade do Pix.

Para mitigar esses riscos, o BC tem implementado melhorias nos mecanismos de proteção, especialmente para transações iniciadas em dispositivos não cadastrados.

Novas funcionalidades e o futuro do Pix

Desde outubro, a nova funcionalidade do Pix Automático permite que usuários autorizem pagamentos periódicos a empresas e prestadores de serviços, com a promessa de aumentar ainda mais a inclusão financeira no Brasil, especialmente para aqueles que não possuem cartão de crédito. De acordo com o diretor de Organização do Sistema Financeiro do BC, essa nova modalidade deve substituir o uso de boletos, tornando o sistema ainda mais eficiente e inclusivo.

“O Pix, por ser uma infraestrutura pública, promove igualdade nas condições de todos os participantes do sistema de pagamentos brasileiro, permitindo um salto de eficiência e inclusão”, afirmou o diretor.

Com cinco anos de existência, o Pix não só revolucionou a maneira como os brasileiros realizam pagamentos, mas também estabeleceu um novo padrão para o sistema financeiro, trazendo desafios e oportunidades que moldarão o futuro das transações no país.

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