Possibilidade de aplicar o exame em Buenos Aires, Montevidéu e Assunção está em estudo
Ministério da Educação estuda aplicar o Enem em países do Mercosul em 2026.
O Ministério da Educação (MEC) anunciou, no domingo (16/11), a possibilidade de aplicar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em países do Mercosul, incluindo Argentina, Uruguai e Paraguai. O ministro da Educação, Camilo Santana, fez o anúncio durante uma coletiva de imprensa ao lado do presidente do Inep, Manuel Palacios.
Segundo Santana, o Inep realizará um estudo para avaliar a viabilidade dessa proposta, que pode ser implementada já em 2026. O exame seria aplicado em português e a decisão final depende de uma análise detalhada de custos e logística. O ministro ressaltou que a proposta deve ser apresentada antes do início das inscrições.
A ideia de aplicar o Enem fora do Brasil surge em um contexto de crescente interesse pela participação de alunos de outros países do Mercosul. Camilo Santana destacou a recente criação da Universidade Latino-Americana da União do Mercosul (UNILA), localizada no Paraná, como um fator que reforça a necessidade de abrir portas para estudantes internacionais. Ele ainda mencionou que a obra do arquiteto Oscar Niemeyer, que será entregue no próximo ano, é um exemplo do compromisso do Brasil em acolher estudantes da região.
“Estamos buscando formas de integrar mais os estudantes do Mercosul, especialmente aqueles de Buenos Aires, Montevidéu e Assunção. A ideia é que possamos abrir as portas das universidades brasileiras para eles”, afirmou o ministro.
A análise da viabilidade da aplicação do Enem nos países mencionados está em andamento. O Inep está avaliando todos os detalhes, incluindo os custos envolvidos e a logística necessária para a realização do exame fora do Brasil. Este anúncio é considerado um pré-anúncio e vem na esteira de outras iniciativas do MEC para internacionalizar a educação brasileira.
Camilo Santana reforçou que a decisão final sobre a aplicação do Enem em outros países será anunciada nos primeiros meses de 2026. A expectativa é que essa medida possa facilitar a participação de estudantes estrangeiros no exame, promovendo uma maior integração educacional entre os países do Mercosul.
Com essa proposta, o MEC busca não apenas aumentar a acessibilidade do Enem, mas também fortalecer laços educacionais na América do Sul, possibilitando que mais jovens possam ter acesso ao ensino superior no Brasil. As próximas etapas do processo devem ser acompanhadas de perto pela comunidade educacional e pelos interessados em participar do exame em outros países.