Pentágono confirma operação contra embarcação suspeita de tráfico de drogas

EUA realizam 21º ataque no Pacífico, matando três em operação contra tráfico de drogas.

EUA intensificam operações no Pacífico contra tráfico de drogas

Os Estados Unidos realizaram, no último sábado (15/11), mais um ataque a uma embarcação suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas no Pacífico Oriental. Este ataque, que é o 21º desde setembro, resultou na morte de três indivíduos, conforme informado pelo Pentágono neste domingo (16/11). A operação foi conduzida pela força-tarefa Southern Spear, que atua na região com o objetivo de desmantelar redes criminosas relacionadas ao narcotráfico.

A interceptação ocorreu em águas internacionais, e o Comando Sul dos EUA destacou que a embarcação estava em uma rota conhecida por ser utilizada para o contrabando de drogas. “A inteligência confirmou que a embarcação estava envolvida no contrabando ilícito de narcóticos, transitando por uma rota conhecida de narcotráfico e transportando entorpecentes. Três homens narco-terroristas a bordo da embarcação foram mortos”, afirmou o comunicado oficial.

Críticas e contestações sobre a legalidade dos ataques

A escalada das operações militares dos EUA na região gerou críticas de diversos setores, incluindo o Congresso americano e grupos de direitos humanos. Há questionamentos sobre a legalidade dos ataques, com alguns aliados dos EUA manifestando preocupações. O governo Trump defende que possui respaldo jurídico para essas ações, apontando um parecer do Departamento de Justiça que considera os militares envolvidos imunes a processos judiciais.

Além dos ataques, o secretário de Estado, Marco Rubio, anunciou que o Departamento de Estado pretende classificar o Cartel de los Soles como uma organização terrorista estrangeira. Essa medida dificultará o apoio material ao cartel dentro dos Estados Unidos, que é acusado de colaborar com a facção Tren de Aragua no tráfico de drogas.

Reforço da presença militar no Caribe

Em meio a essas tensões, o Pentágono também anunciou o reforço da presença militar no Caribe, com o envio de navios de guerra, caças e até um submarino nuclear. Essas movimentações ocorrem em um contexto de discussões internas sobre a possibilidade de ações diretas contra o governo venezuelano, incluindo operações terrestres.

O presidente Donald Trump, por sua vez, mencionou a possibilidade de conversas com Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, afirmando que o governo chavista “desejaria conversar”. No entanto, não há previsão para um encontro formal entre as partes.

Conclusão

A ofensiva militar dos EUA no Pacífico e no Caribe, marcada por operações contra embarcações suspeitas de tráfico, continua a gerar polêmica e questionamentos sobre sua legalidade e eficácia. Com um número crescente de mortes associadas a essas ações, a situação na região se torna cada vez mais complexa, refletindo a intensidade da luta contra o narcotráfico e suas implicações geopolíticas.

Fonte: www.metropoles.com