Funai lamenta a perda e ressalta a luta por territórios indígenas em Mato Grosso do Sul
A Funai denuncia a morte de um indígena Guarani Kaiowá em MS após ataque de pistoleiros, gerando revolta na comunidade.
Morte de indígena em MS: um alerta para os direitos humanos
A morte de um indígena da etnia Guarani Kaiowá, na comunidade de Pyelito Kue, município de Iguatemi, em Mato Grosso do Sul, foi lamentada pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) em uma nota oficial. O fato ocorreu na madrugada do último domingo (16/11) e gerou uma onda de indignação entre as comunidades indígenas e defensores dos direitos humanos. A Funai afirma que “é inaceitável que indígenas continuem perdendo suas vidas por defender seus territórios”.
Contexto do ataque
O ataque que resultou na morte do indígena foi uma resposta violenta à recente retomada de terras pelos Guarani Kaiowá, intensificada na semana anterior. A luta pela terra, que é fundamental para a sobrevivência e cultura do povo indígena, se agravou devido ao uso indiscriminado de agrotóxicos na região, que vem causando adoecimento e insegurança alimentar e hídrica.
Reações da Funai e do governo
Além de lamentar a morte, a Funai informou que acionou os órgãos de segurança pública competentes e está acompanhando as ações do governo federal em relação aos desdobramentos do caso. “O que ocorreu é um reflexo de uma realidade preocupante, onde os defensores do meio ambiente e da terra enfrentam constantes ameaças”, declarou o órgão. Outros quatro indígenas também ficaram feridos durante o ataque, aumentando a urgência de medidas de proteção.
A luta dos povos indígenas
A morte do indígena acontece no contexto da COP30, que ocorre no Brasil e discute questões climáticas globais e a importância dos povos indígenas na luta contra as mudanças climáticas. A Funai destacou que “não existe trégua na perseguição aos corpos dos defensores do clima”, reafirmando seu compromisso com as comunidades indígenas e sua luta por direitos e reconhecimento. A Funai se solidarizou com a família e a comunidade Guarani Kaiowá, ressaltando que a proteção dos povos indígenas é essencial para a preservação ambiental.
Medidas preventivas e futuras
Desde o dia 3 de novembro, um grupo de trabalho técnico foi criado pelo Ministério dos Povos Indígenas (MPI), o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). O objetivo é elaborar subsídios para a mediação de conflitos fundiários que envolvem os povos indígenas no sul de Mato Grosso do Sul. Essa iniciativa é vista como uma tentativa de prevenir novas violências e garantir os direitos territoriais das comunidades indígenas.
Conclusão
A situação dos povos indígenas em Mato Grosso do Sul é alarmante e requer atenção urgente das autoridades. A Funai e outros órgãos governamentais precisam agir para garantir a segurança e os direitos dos Guarani Kaiowá e de outras etnias que enfrentam ameaças constantes. A luta por território e dignidade continua, e a comunidade indígena espera mudanças significativas que respeitem seus direitos e sua cultura.