Experimento pode ampliar a cobertura de conexão em toda a malha ferroviária até 2030
GWR inicia teste de wifi superrápido em trem usando tecnologia da F1, com potencial para expansão até 2030.
GWR testa wifi superrápido em trem com tecnologia da F1
A Great Western Railway (GWR) deu início a um teste de wifi superrápido em um de seus trens intercity, utilizando tecnologia desenvolvida em Fórmula 1. Este experimento, que se estenderá por dois meses, visa oferecer uma conexão que alterna entre sinais de masts 5G e satélites de baixa órbita, prometendo uma experiência de internet quase contínua e de alta velocidade.
Por enquanto, apenas um dos 57 trens intercity da GWR está equipado com essa tecnologia inovadora, mas a expectativa é que, se o teste for bem-sucedido, a implementação possa ser ampliada para toda a rede ferroviária até 2030. Durante uma corrida de teste de Londres a Newbury e retorno, foi possível observar a eficácia do wifi, com velocidades de download superando 120 megabytes por segundo, o que se mostra mais rápido do que muitas conexões domésticas.
Experiência do passageiro e investimentos
O ministro dos Transportes, Peter Hendy, enfatizou a importância de uma conexão de alta qualidade para a experiência do usuário. Ele afirmou que a modernização da conectividade móvel nos trens é uma prioridade do governo, que já destinou £41 milhões para melhorar a infraestrutura de wifi e a conectividade via satélite. A GWR pretende eliminar áreas de sombra de sinal móvel em túneis ferroviários e aprimorar a infraestrutura de 5G nas estações.
O projeto é visto como um benefício de produtividade para o país, proporcionando aos passageiros uma experiência mais valiosa durante suas viagens. O novo sistema foi projetado para ser instalado rapidamente e com custos relativamente baixos, sem necessidade de grandes alterações na infraestrutura ferroviária.
Comparação com outras iniciativas
Nick Fry, presidente da Motion Applied, empresa que desenvolveu a tecnologia, mencionou que o sistema está sendo introduzido também em serviços da Deutsche Bahn na Alemanha e em trens da Brightline e Amtrak nos Estados Unidos. A proposta é que a tecnologia ofereça a mesma qualidade de serviço que é disponibilizada para pilotos da Fórmula 1, como Lando Norris e Lewis Hamilton.
A realização deste projeto é uma resposta a demandas por wifi mais confiável. Andy Jasper, CEO do Eden Project em Cornwall, destacou a importância da conectividade para profissionais que utilizam os trens como locais de trabalho. Com uma conexão de qualidade, os passageiros poderão aproveitar melhor o tempo durante suas viagens, transformando deslocamentos em oportunidades de produtividade.
Futuro do wifi em trens
Os resultados deste teste serão fundamentais para decidir sobre a implementação em larga escala da tecnologia. Parte da avaliação envolverá o monitoramento do comportamento dos passageiros para determinar o volume de dados necessários para oferecer wifi gratuito e veloz. O custo total do projeto é de £300 mil, financiado por um consórcio que inclui várias autoridades locais, com o objetivo de melhorar a conectividade em áreas onde a cobertura móvel ainda é insatisfatória.
Se a experiência se mostrar positiva, a expectativa é que mais trens da GWR e, eventualmente, outras operadoras ferroviárias no Reino Unido, possam adotar essa tecnologia, garantindo que os passageiros tenham acesso a um serviço de internet de alta qualidade durante suas viagens.
Fonte: www.theguardian.com
Fonte: Oscar Wong/Getty Images