Paraná amplia bolsas para pesquisa e inovação

Gabriel Miguel

Novo regulamento oferece 26 modalidades de auxílio para formação acadêmica e atuação em ciência e tecnologia

Governo do Paraná amplia de quatro para 26 modalidades de bolsas-auxílio, abrangendo toda a trajetória acadêmica e de atuação em ciência e tecnologia.

Paraná incentiva pesquisa com novas modalidades de bolsas

O Governo do Paraná anunciou a ampliação das bolsas para pesquisa, passando de quatro para 26 modalidades no último regulamento publicado. Com essa mudança, o estado busca cobrir toda a trajetória acadêmica e de atuação em ciência, tecnologia e inovação (CT&I).

Os valores mensais das novas bolsas agora variam de R$ 2.900 a R$ 16.500, com duração de até três anos, de acordo com a carga horária de dedicação dos bolsistas, que é de até 40 horas semanais. Essa medida se aplica a novas propostas submetidas a partir de novembro de 2025, e não haverá reajuste nas bolsas já concedidas. Anteriormente, o valor máximo das bolsas era de R$ 3.200.

Modernização do ecossistema de CT&I

A diversificação das bolsas foi discutida na 34ª reunião do Conselho Paranaense de Ciência e Tecnologia, realizada em setembro. O secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Nelson Bona, destacou que essa expansão do Fundo Paraná é um passo crucial para modernizar o ecossistema de CT&I no estado. A ideia é alinhar as iniciativas com as diretrizes da Política Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação de 2024 a 2030.

O regulamento também assegura direitos aos bolsistas, como recesso remunerado de até 30 dias por ano, licença-maternidade de 180 dias e seguro de vida, tudo custeado pelos projetos. Atualmente, o estado conta com 8.508 bolsistas ativos em 561 projetos em desenvolvimento.

Incentivos à interação com o setor produtivo

Desde 2019, o Paraná tem se esforçado para se tornar uma referência nacional em pesquisa e inovação. Um dos pilares dessa estratégia é incentivar a interação com o setor produtivo, oferecendo bolsas para profissionais sem vínculo com instituições de pesquisa e para sócios de startups. A nova Bolsa Inventor Independente também foi criada para atender profissionais autônomos que queiram desenvolver soluções inovadoras, promovendo uma economia baseada no conhecimento.

Cooperação internacional e inclusão social

Além das novas modalidades internas, o Paraná também expandiu sua cooperação internacional. As bolsas para estudantes no exterior variam de US$ 1.040 a US$ 2.470, dependendo do nível e da região. A proposta é fortalecer a inserção em redes globais de conhecimento e promover a realização de projetos de alto impacto.

Em um esforço social, o estado implementou a Bolsa Permanência Estudantil, destinada a universitários em situação de vulnerabilidade econômica, com um valor de R$ 640,00 por mês, com duração de até quatro anos. O objetivo é reduzir a evasão e promover a inclusão social.

Gestão digitalizada das bolsas

A Unidade Executiva Fundo Paraná (UEF) agora gerencia a concessão de bolsas de forma digitalizada, utilizando o Sistema Integrado de Gestão de Projetos (Sigep). As seleções de bolsistas são feitas por meio de editais públicos, garantindo acesso amplo e isonômico às oportunidades. O manual do Sigep, publicado em conjunto com o novo regulamento, traz diretrizes claras sobre a gestão de projetos e prestação de contas, promovendo a transparência e a eficiência na aplicação dos recursos públicos.

Com essas iniciativas, o Paraná se posiciona como um estado inovador, assegurando que o fomento à pesquisa e à ciência seja um pilar central para o desenvolvimento econômico e social.

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