Convocação do AGU Jorge Messias é proposta por membros da CPMI do INSS

BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto

Comissão busca esclarecimentos sobre esquema de descontos irregulares no Instituto Nacional do Seguro Social

Membros da CPMI do INSS pressionam pela convocação do AGU Jorge Messias, em meio a investigações sobre descontos não autorizados.

Membros da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) pressionam pela presença do advogado-geral da União, Jorge Messias, para prestar depoimentos sobre um esquema de descontos não autorizados. A reunião ocorreu nesta terça-feira (18/11) e levantou discussões acaloradas sobre a responsabilidade de Messias neste contexto.

Críticas e Apelos à Responsabilidade

O deputado Evair de Melo (PP-ES) destacou a necessidade de que Jorge Messias compareça e se explique adequadamente, afirmando que, caso contrário, deveria ser preso. Ele utilizou uma metáfora ao afirmar que a indicação de Messias ao STF seria como colocar “raposa para cuidar do galinheiro”, insinuando que isso representaria um conflito de interesses.

A Indicação de Messias ao STF

Além de exigir a convocação, os congressistas da oposição levantaram preocupações sobre a possível indicação de Messias ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo presidente Lula. O deputado Kim Kataguiri (União-SP) enfatizou que essa seria uma oportunidade única para o Congresso barrar tal indicação, algo que não acontece com frequência na política brasileira.

Revelações e Consequências do Escândalo

O escândalo envolvendo o INSS foi exposto por uma série de reportagens investigativas publicadas pelo Metrópoles em dezembro de 2023. Essas matérias revelaram que a arrecadação das associações com descontos de mensalidade de aposentados havia crescido drasticamente, totalizando R$ 2 bilhões em um único ano. Além disso, muitas dessas associações estavam enfrentando processos por fraudes nas filiações de segurados.

As investigações desencadeadas pelas reportagens resultaram na abertura de um inquérito pela Polícia Federal (PF) e contribuíram para as apurações realizadas pela Controladoria-Geral da União (CGU). A Operação Sem Desconto, que teve início em 23/4, levou a demissões significativas, incluindo do presidente do INSS e do ministro da Previdência, Carlos Lupi.

Desdobramentos Futuros

O desdobramento dessa situação ainda está em andamento, e a CPMI continua a investigar as irregularidades associadas ao INSS. A pressão sobre Jorge Messias para que se explique pode ter repercussões significativas tanto para sua carreira quanto para a política pública relacionada ao sistema previdenciário brasileiro. A sociedade aguarda ansiosamente por esclarecimentos que podem impactar diretamente a confiança nas instituições do país.

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