Suspeita de fraude no Enem após live com questões semelhantes

Polêmica surge após professor expor itens quase idênticos aos da prova em transmissão ao vivo

Uma live que expôs questões semelhantes às do Enem levanta suspeitas de fraude entre estudantes e professores.

Suspeita de fraude no Enem gerada por live de professor

Uma polêmica envolvendo uma suspeita de fraude no Enem começou a circular nas redes sociais, especialmente entre estudantes e educadores. No dia 11 de novembro, cinco dias antes da prova de Ciências da Natureza, Edcley de Souza Teixeira, um professor de cursinho pré-vestibular, realizou uma live no YouTube onde apresentou questões que se mostraram quase idênticas às que foram aplicadas na prova.

Edcley, que também é estudante de medicina na Universidade Federal do Ceará (UFC), se defendeu das acusações de plágio, afirmando que utilizou a técnica de engenharia reversa. Essa metodologia, segundo ele, permite que os estudantes resolvam questões antes de estudarem a teoria, facilitando a aprendizagem. Durante a live que durou seis horas, Edcley explicou como conseguiu prever as questões do Enem, afirmando que esteve democratizando a educação.

Repercussão nas redes sociais

Após a transmissão, a repercussão foi imediata. Muitos estudantes começaram a expressar suas preocupações nas redes sociais, levantando questões sobre a possível fraude na prova original do Enem. Prints de conversas foram compartilhados, acusando Edcley de ter acesso a conteúdo sigiloso que deveria ser restrito, o que, se comprovado, violaria a ética e o sigilo do Inep e do Ministério da Educação (MEC).

Usuários da plataforma X comentaram sobre a seriedade das acusações, afirmando que qualquer vazamento de informações prejudicaria a confiança no sistema de avaliação pública do país. Uma usuária destacou que essa situação poderia distorcer a concorrência entre os candidatos, tornando o processo injusto. No entanto, há quem acredite que as acusações contra Edcley podem ser infundadas, já que não há provas concretas de que ele teve acesso à prova original.

A ligação com a Capes

Outro aspecto levantado nas acusações é que Edcley teria participado de avaliações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), que colabora com o Inep em processos de avaliação. Ele foi convidado a realizar um pré-teste e, segundo ele, foi reconhecido como Talento Universitário Brasileiro. Em sua defesa, Edcley enfatizou que, embora suas questões possam ser semelhantes às do Enem, eram totalmente autorais. Ele explicou que aproveitou o convite da Capes para se familiarizar com o formato da prova.

Reação do MEC e Inep

O portal Metrópoles procurou o Ministério da Educação e o Inep para comentar sobre a situação, mas até o momento não houve resposta. O espaço permanece aberto para que ambas as instituições se manifestem sobre o ocorrido.

Enquanto isso, a polêmica continua a gerar discussões e reflexões sobre a ética nas avaliações educacionais no Brasil, mostrando a necessidade de um olhar mais atento para a integridade do sistema.

Diante desse cenário, a confiança dos estudantes na prova do Enem está em xeque, e espera-se que as autoridades tomem as medidas necessárias para esclarecer a situação.

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