EUA não lançarão ataques contra a Venezuela a partir de Trinidade e Tobago, afirma premiê

Kamla Persad-Bissessar garante que território caribenho não será usado para ofensivas militares

Premiê de Trinidade e Tobago descarta uso do território para ataques à Venezuela em meio a tensões militares.

EUA não atacarão Venezuela a partir de Trinidade e Tobago

Em uma declaração oficial, a premiê de Trinidade e Tobago, Kamla Persad-Bissessar, reafirmou que o território de seu país não será utilizado pelos Estados Unidos para realizar ataques contra a Venezuela. A afirmação foi feita em meio a um clima de tensão militar na região, com a presença de tropas norte-americanas.

A declaração de Persad-Bissessar ocorreu na segunda-feira (18/11), em resposta às críticas do ex-premiê Keith Rowley, que questionou a colaboração militar entre Trinidade e Tobago e os EUA sob a administração de Donald Trump. Rowley, que já ocupou o cargo de primeiro-ministro, criticou a ofensiva militar norte-americana e a presença de forças dos EUA na região, que, segundo ele, poderia afetar a soberania do país.

Acordo de Cooperação Militar e Críticas

Apesar das críticas, a atual primeira-ministra lembrou que sob a liderança de Rowley, o país renovou um acordo de cooperação militar com Washington, conhecido como Acordo de Estatuto de Forças (SOFA), em vigor desde 2007. Essa renovação, assinada no ano passado, permite uma colaboração mais estreita entre os dois países na área militar e de segurança.

A discussão sobre a presença militar dos EUA na região surge em um momento em que Trinidade e Tobago está realizando exercícios militares com tropas norte-americanas. As atividades começaram no último dia 16 de novembro e estão programadas para durar até o dia 21 do mesmo mês. Esses exercícios têm gerado preocupações entre os vizinhos, especialmente na Venezuela.

Reação da Venezuela às Atividades Militares

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, tem reagido intensamente às atividades militares dos EUA e à presença de tropas em Trinidade e Tobago. Em resposta, Maduro ordenou uma mobilização geral das forças armadas venezuelanas, alertando que seu país está preparado para qualquer eventualidade diante do que considera uma ameaça dos Estados Unidos. Ele enfatizou a necessidade de proteger a soberania nacional contra intervenções externas.

A ofensiva militar dos EUA na região inclui uma frota de navios de guerra, caças F-35 e o porta-aviões USS Gerald R. Ford, que chegou ao Caribe recentemente. Essas movimentações foram descritas pelo governo americano como parte de uma operação destinada a combater o que eles chamam de “narcoterrorismo”. Essa definição ampliada permite que os EUA justifiquem ações militares em outros países sob a bandeira da luta contra o tráfico de drogas e o terrorismo.

Implicações da Classificação de Organizações Terroristas

Recentemente, o Departamento de Estado dos EUA anunciou que o cartel de Los Soles, que o governo americano atribui a Maduro, será classificado como uma organização terrorista estrangeira. Essa inclusão na lista é vista por muitos analistas como uma estratégia para facilitar operações militares contra grupos considerados inimigos dos EUA, ampliando assim o espaço para ações militares na América Latina.

A situação atual entre os EUA, Trinidade e Tobago e a Venezuela permanece tensa, com a possibilidade de novas ações militares e o desdobramento de uma crise regional que pode afetar a estabilidade de vários países da América Latina.

Fonte: www.metropoles.com

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