Flávio e Eduardo discutem medidas de segurança pública com autoridades salvadorenhas
Irmãos Bolsonaro se reúnem com ministro da Segurança de El Salvador para discutir segurança pública.
Flávio e Eduardo Bolsonaro desembarcam em El Salvador para discutir segurança pública
Os irmãos Flávio e Eduardo Bolsonaro chegaram a São Salvador, capital de El Salvador, no dia 17 de novembro de 2025, buscando discutir questões relacionadas à segurança pública com autoridades locais. Embora tivessem a expectativa de se encontrar com o presidente Nayib Bukele, até o momento, não houve confirmação de uma agenda com o chefe do governo salvadorenho.
Reunião com o ministro da Segurança de El Salvador
Na manhã do dia 18 de novembro, os dois políticos brasileiros se reuniram com Gustavo Villatoro, ministro da Segurança, que tem sido responsável por receber parlamentares brasileiros nos últimos meses. Durante o encontro, Eduardo Bolsonaro fez questão de destacar as mudanças radicais implementadas por Bukele, que transformaram El Salvador de um dos países mais violentos do mundo para um dos mais seguros do hemisfério ocidental.
Eduardo afirmou que o “milagre Bukele” se baseia em três pilares fundamentais: “Autoridade e coragem para romper com o sistema que protegia o crime, leis duras contra facções e ação massiva com controle territorial total”. Ao compartilhar suas impressões, Eduardo frisou que pretende levar esse conhecimento ao Brasil, acreditando na possibilidade de recuperar o país do domínio do crime organizado.
O impacto do modelo de segurança de Bukele
Flávio Bolsonaro, que viajou em uma missão oficial como presidente da Comissão de Segurança Pública do Senado, também comentou sobre o encontro. Ele publicou um vídeo do momento nas redes sociais, onde ressaltou que a experiência de El Salvador prova que é possível derrotar a criminalidade e que o Brasil pode seguir esse exemplo.
Desde que assumiu a presidência, Bukele implementou um modelo radical de combate ao crime, que inclui prisões em massa e um estado de exceção permanente, além de vigilância militar constante. Mais de 75 mil pessoas foram detidas sob alegações de ligação com gangues, muitas vezes sem provas. O país ganhou notoriedade com a construção do CECOT (Centro de Confinamento do Terrorismo), uma mega prisão com capacidade para 40 mil detentos, sem visitas ou comunicação externa.
Controvérsias e críticas internacionais
As políticas de segurança de Bukele têm gerado controvérsias, especialmente por conta de acusações de violação de direitos humanos. Organizações como a Human Rights Watch e a Anistia Internacional denunciaram torturas e detenções arbitrárias. Apesar das críticas, o modelo se espalha pela América Latina, com países como Equador, Honduras e Argentina considerando ou já adotando medidas semelhantes.
Eduardo Bolsonaro concluiu sua análise dizendo que o Brasil tem muito a aprender com a experiência salvadorenha, ressaltando a importância de vontade política e leis eficazes para combater a criminalidade. O encontro dos irmãos Bolsonaro com Villatoro foi um passo significativo nesta troca de experiências entre os países.