Acordo com a mexicana Asur impacta levemente os papéis da Motiva, que já estavam sob expectativa do mercado.
Motiva (MOTV3) teve leve alta após anúncio de venda de aeroportos. A operação já era esperada pelo mercado.
Motiva (MOTV3) e a venda de aeroportos: contexto atual
A Motiva (MOTV3) anunciou um acordo com a mexicana Asur para a venda de sua operação de aeroportos, um movimento que foi amplamente antecipado pelo mercado. Na quarta-feira, 19, os papéis da companhia apresentaram uma leve alta de 0,38%, cotados a R$ 15,96, após uma queda inicial de quase 3%. Isso indica que a operação já estava precificada, refletindo meses de especulação sobre o desinvestimento.
Detalhes do acordo com a Asur
A venda da operação de 20 aeroportos no Brasil e em outras partes da América Latina foi negociada por R$ 11,5 bilhões. Este valor inclui uma dívida líquida de R$ 6,5 bilhões. A conclusão do negócio está prevista para 2026, dependendo de aprovações de autoridades regulatórias, incluindo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Essa transação é vista como um passo importante na reestruturação da Motiva.
Opinião dos analistas sobre a operação
Os analistas do BTG Pactual e do Safra consideram que o desinvestimento está alinhado às prioridades estratégicas da Motiva, permitindo uma empresa mais enxuta e com maior flexibilidade financeira. Segundo Fernanda Recchia e outros analistas, o equity da operação aérea da Motiva é estimado em R$ 5 bilhões, o que reforça a ideia de que o mercado já tinha precificado essa venda. Eles destacam que a transação encerra um capítulo importante na otimização do portfólio da empresa.
Expectativas futuras para a Motiva
Com a venda, a Motiva planeja redirecionar seus esforços para áreas centrais de infraestrutura, como rodovias e ferrovias, além de focar em novas oportunidades e projetos. O BTG Pactual mantém sua recomendação de compra para os papéis da Motiva, prevendo um preço-alvo de R$ 17, o que representa uma alta de 6,9% sobre o fechamento anterior. Já o Safra projeta que a ação pode chegar a R$ 18,80 até o final de 2026.
Conclusão
A operação de venda de aeroportos pela Motiva (MOTV3) representa um marco significativo na sua estratégia de desinvestimento. Apesar da leve alta das ações, os analistas acreditam que a reestruturação permitirá à empresa focar em oportunidades de crescimento mais rentáveis, promovendo uma redução de sua alavancagem e melhorando suas margens. Com isso, a Motiva se posiciona para um futuro mais sustentável no setor de infraestrutura.
Fonte: www.moneytimes.com.br