Piloto da Ferrari destaca a necessidade de revisão das penalidades aplicadas nas corridas
Carlos Sainz solicita uma reunião urgente com a FIA para discutir penalidades controversas na F1.
Carlos Sainz pede revisão urgente das regras de corrida
Carlos Sainz, piloto da Ferrari e membro da Grand Prix Drivers’ Association, defende que os pilotos da Fórmula 1 precisam de uma reunião urgente com a FIA para discutir a interpretação das diretrizes de corrida. A questão surgiu após a penalização de 10 segundos imposta ao piloto da McLaren, Oscar Piastri, durante o GP do Brasil, situação que Sainz considera “inaceitável”.
Sainz argumenta que a colisão entre Piastri e Kimi Antonelli, da Mercedes, que também envolveu Charles Leclerc, não foi culpa de Piastri. Ele afirma que é evidente que o piloto não poderia ter evitado o acidente e que a penalidade não reflete a realidade da corrida. “Todo mundo que realmente corre sabe que ele não poderia ter feito nada para evitar um acidente ali e ainda assim recebeu uma punição de 10 segundos. Isso é algo que eu não entendo”, disse Sainz.
Incidentes questionáveis e penalizações excessivas
O piloto espanhol também mencionou vários incidentes ao longo da temporada que, em sua opinião, resultaram em penalidades injustas. Ele citou situações com outros pilotos, como Liam Lawson e Oliver Bearman, onde ele não compreendeu as decisões dos comissários. “Eu não entendi a minha penalização em Zandvoort ou a de Ollie em Monza. E houve também a situação em Austin e agora em Brasília. O que eu vejo é que há várias situações que estão longe do que o esporte deve ser”, afirmou Sainz.
Os pilotos se reunirão com os comissários da FIA na próxima corrida em Qatar para discutir uma lista de incidentes que acreditam precisar de revisão. Sainz destacou que, após o que aconteceu no Brasil, é evidente que algo não está funcionando corretamente se uma penalidade de 10 segundos é aplicada a um piloto que não teve culpa.
Interpretação das diretrizes de corrida
A polêmica gira em torno da forma como as diretrizes de condução, emitidas pela FIA no início do ano, estão sendo interpretadas. Embora essas diretrizes tenham sido formuladas após consulta aos pilotos, não foram aprovadas pela GPDA antes de sua publicação. A sensação geral entre os pilotos é que as regras estão sendo aplicadas de forma rígida, sem levar em conta o bom senso e a experiência de como funciona a corrida lado a lado.
Piastri foi penalizado porque, segundo os comissários, não manteve a frente de seu carro ao lado do espelho lateral de Antonelli antes do incidente e por ter travado os freios, sendo considerado fora de controle. Sainz, no entanto, questiona essa interpretação. “Sempre que vemos um travamento, um comissário imediatamente interpreta isso como fora de controle. Mas um travamento nem sempre significa que você está fora de controle. Você pode travar e ainda fazer a curva”, explicou Sainz.
Propostas para melhorar a situação
George Russell, outro diretor da GPDA, também comentou sobre a situação. Ele ressaltou que a interpretação de um carro travando deve ser contextualizada, já que cada curva e cada incidente são diferentes. “Esta curva no Brasil é totalmente inclinada e o lado interno do carro sempre estará descarregado, então o pneu pode travar, mas você está totalmente no controle. É por isso que as diretrizes precisam ser adaptadas”, disse Russell.
Albon, por sua vez, afirmou que a FIA está aberta à colaboração com os pilotos para encontrar soluções. “Não há ignorância na abordagem deles. Eles estão dispostos a trabalhar juntos e encontrar uma solução. Não estou certo se isso resultará em um conjunto claro de regras, mas a disposição para dialogar é algo que apreciamos”, concluiu Albon.
Fonte: www.bbc.com
Fonte: caption, Carlos Sainz has won four grands prix in his career