Fotógrafos brasileiros brilham nas imagens do ano da National Geographic

O momento foi registrado enquanto o fotógrafo monitorava a toca de um raro tatu-gigante na Mata Atlântica do Brasil

Coleção destaca obras de Fernando Faciole, Maíra Erlich e Lalo de Almeida

Os fotógrafos brasileiros se destacam em seleção de imagens do ano da National Geographic, que apresenta histórias impactantes.

No dia 20 de novembro de 2025, a National Geographic divulgou sua seleção das fotos do ano, destacando três fotógrafos brasileiros: Fernando Faciole, Maíra Erlich e Lalo de Almeida. A coleção apresenta 25 imagens extraordinárias que vão desde retratos íntimos da vida selvagem até comoventes histórias humanas. Esses registros capturam não apenas a beleza do mundo natural, mas também as complexidades das experiências humanas.

Fernando Faciole e a onça-pintada

Fernando Faciole teve a honra de incluir em sua obra uma rara captura de uma onça-pintada, feita enquanto monitorava a toca de um tatu-canastra na Mata Atlântica. Faciole explicou que, ao esperar pelo tatu, foi surpreendido pela presença da onça, um evento raro devido ao desmatamento severo que reduziu a população local dessa espécie majestosa. Com menos de uma dúzia de onças restantes no parque, a imagem se tornou um poderoso símbolo da luta pela conservação ambiental no Brasil. “Apresentar esta foto ao mundo é uma honra imensa e uma grande responsabilidade”, afirmou o fotógrafo.

Maíra Erlich e a realidade social

A fotógrafa Maíra Erlich focou em uma narrativa social ao registrar Damião Carlos da Silva, um morador da cidade costeira de Maceió que perdeu sua moradia devido à mineração de sal-gema. A imagem captura um momento de ternura e resiliência, onde Damião encontra conforto com seu pintinho de estimação. A obra de Erlich não apenas ilustra as dificuldades enfrentadas por muitos na região, mas também destaca a força do espírito humano em meio à adversidade.

Lalo de Almeida e a adaptação dos moradores

Por sua vez, Lalo de Almeida trouxe à tona a experiência dos moradores de Anamã, uma cidade na planície alagável do Rio Amazonas. Após dois anos de seca, a imagem mostra os moradores jogando vôlei em águas na altura da cintura, simbolizando a adaptação e resiliência diante das mudanças climáticas. Lalo expressou que a foto reflete a capacidade dos habitantes de conviver com a natureza e suas adversidades. “Apesar das cheias, eles encontram formas de viver com naturalidade”, disse Lalo.

Reconhecimento internacional

A seleção das fotos do ano pela National Geographic é um reconhecimento significativo para esses fotógrafos, que não apenas capturam imagens impressionantes, mas também contam histórias profundas que ressoam em um contexto global. Cada foto é uma janela para realidades que muitas vezes permanecem invisíveis, trazendo à tona questões ambientais e sociais que demandam nossa atenção.

Conclusão

As obras de Fernando Faciole, Maíra Erlich e Lalo de Almeida são exemplos brilhantes do poder da fotografia como meio de comunicação e conscientização. Ao destacar a beleza da natureza e as dificuldades enfrentadas por comunidades, esses fotógrafos brasileiros mostram que a arte pode ser uma ferramenta poderosa para promover a mudança e a reflexão sobre o nosso mundo.

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