Mahmoud Khalil processa autoridades de Trump por colusão com grupos anti-Palestinos

Matt Rourke/AP

Ativista exige liberação de comunicações que contribuíram para sua detenção

Mahmoud Khalil processa a administração Trump, alegando colusão com grupos anti-Palestinos que contribuíram para sua detenção.

Mahmoud Khalil, um ativista palestino que participou de protestos na Universidade de Columbia, processou a administração Trump, alegando que houve colusão com grupos anti-Palestinos que contribuíram para sua detenção em março deste ano. A ação judicial busca a divulgação de comunicações entre o governo e essas organizações, que, segundo Khalil, estiveram envolvidas em uma campanha de difamação contra ele.

Em sua ação, Khalil afirma que foi alvo de uma campanha de intimidação que visava silenciá-lo. “Por meses, organizações e indivíduos obscuros realizaram uma campanha de difamação e assédio destinada a me intimidar e silenciar”, declarou o ativista. Ele ressaltou que a sociedade merece transparência sobre a colaboração entre o governo federal e grupos que visam silenciar vozes críticas sobre a situação na Palestina.

A detenção de Khalil e as implicações legais

Khalil foi detido em março e ficou sob custódia do ICE (Serviço de Imigração e Controle de Alfândega) por mais de três meses, sendo liberado em junho. Sua detenção foi a primeira de uma série de prisões envolvendo ativistas internacionais e ocorreu em um contexto de crescente repressão a estudantes que se manifestam contra as políticas de Israel. O Centro de Direitos Constitucionais, que faz parte da equipe legal de Khalil, argumenta que a administração Trump se baseou em informações e desinformações fornecidas por esses grupos para justificar suas ações.

Campanha de difamação e colusão governamental

Uma das organizações mencionadas, Betar USA, um grupo de extrema-direita pró-Israel, havia incluído Khalil em uma lista de deportação e afirmado publicamente que o ICE estava ciente de seu paradeiro. Além disso, o grupo Documentando o Ódio Judaico no Campus pediu a deportação de Khalil em postagens nas redes sociais, o que levanta sérias questões sobre a influência que essas organizações têm sobre as ações do governo.

O que Khalil busca com o processo

No âmbito do processo, Khalil está tentando acessar registros de comunicações entre o ICE, o Departamento de Justiça e outros órgãos do governo com grupos como Canary Mission e Columbia Alumni for Israel, que têm sido implicados em ações direcionadas contra ele e outros estudantes. Khalil já havia apresentado uma reclamação de $20 milhões contra a administração, alegando prisão injusta e acusações maliciosas de antisemitismo em razão de seu ativismo.

Contexto e repercussão do caso

A situação de Khalil reflete a crescente tensão e repressão enfrentada por ativistas pró-Palestinos nos Estados Unidos. Com a apresentação deste processo, ele não só busca justiça pessoal, mas também expor a dinâmica de poder entre o governo e grupos que atuam contra ativistas que defendem os direitos dos palestinos. A transparência nas comunicações do governo com esses grupos pode ter implicações significativas para a liberdade de expressão e a defesa dos direitos humanos no contexto da política dos Estados Unidos em relação ao Oriente Médio.

Fonte: www.theguardian.com

Fonte: Matt Rourke/AP

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