Deputado afirma que medida atende a interesses internos da administração Trump
Eduardo Bolsonaro se manifesta sobre a redução de tarifas dos EUA, criticando a atuação do STF.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se manifestou nesta quinta-feira (20/11/2025) sobre a recente decisão dos Estados Unidos de reduzir as tarifas impostas a produtos brasileiros. Ele afirmou que a redução parcial das tarifas não é uma conquista da diplomacia brasileira, mas sim uma medida que responde a interesses internos da administração de Donald Trump. Bolsonaro destacou que essa ação está diretamente ligada à inflação crescente nos EUA, que exige resultados rápidos para a população.
Contexto sobre as tarifas americanas
Nos últimos dias, a Casa Branca anunciou a eliminação de tarifas de 40% sobre diversos produtos agrícolas brasileiros, incluindo carne bovina, frutas e fertilizantes. Essa decisão é parte de uma ordem executiva assinada por Trump e é válida para produtos que entrarem no país a partir de 13 de novembro de 2025. A decisão foi precedida por uma conversa telefônica entre Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que buscou estreitar laços entre os dois países.
A crítica de Eduardo Bolsonaro
Eduardo Bolsonaro, em sua crítica, enfatizou que essa redução das tarifas deve ser vista como uma jogada política de Trump, que busca apresentar resultados antes das eleições. Ele afirmou que o presidente americano está tentando minimizar o impacto da inflação sobre os eleitores. Para Bolsonaro, o recuo do governo dos EUA está mais alinhado com a necessidade de atender ao público americano do que com qualquer avanço nas relações Brasil-EUA.
O deputado também responsabilizou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, pela tarifa de 50% que havia sido aplicada anteriormente. Segundo ele, essa tarifa, a qual ele se referiu como ‘tarifa-Moraes’, é resultado da crise institucional que, segundo Bolsonaro, foi criada pelos ‘abusos’ de Moraes. A declaração do deputado sugere que a instabilidade política interna impacta diretamente as relações comerciais internacionais.
Reações à decisão dos EUA
A reação à decisão da Casa Branca foi mista. Enquanto setores como o de carnes comemoraram a redução das tarifas, outras áreas ainda enfrentam desafios, pois continuam sujeitas a taxas elevadas. Produtos como máquinas, veículos e têxteis ainda estão sujeitos à alíquota adicional de 40%, o que levanta discussões sobre a efetividade das negociações entre Brasil e EUA. O Itamaraty, por sua vez, celebrou a redução das tarifas, destacando a importância do diálogo entre os países.
A medida é vista como um passo significativo, mas a luta por uma relação comercial mais equilibrada continua. O governo brasileiro está em busca de um fortalecimento das relações comerciais, especialmente em um período onde a economia global enfrenta incertezas.
Considerações finais
Com o cenário político internacional em constante mudança, a postura do Brasil em relação às tarifas e ao comércio exterior será fundamental para garantir vantagens competitivas no mercado global. A crítica de Eduardo Bolsonaro reflete uma preocupação com a dependência de decisões externas que podem afetar a economia nacional. O futuro das relações comerciais entre Brasil e EUA ainda está em aberto, e será necessário monitorar como as próximas ações do governo americano impactarão o Brasil.