O Advogado-Geral da União enfrenta resistência na busca por apoio para sua indicação ao STF

Messias enfrenta resistência no Senado, onde Alcolumbre contraria sua indicação ao STF.

O Desafio de Messias no Senado

O desafio de Messias no Senado se intensifica com a contrariedade do presidente da Casa, Davi Alcolumbre. O Advogado-Geral da União, Jorge Messias, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ser ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), não terá vida fácil na busca de apoio no Senado Federal. A avaliação de líderes políticos, que preferem manter suas identidades em sigilo, é de que Messias não conta com os 41 votos necessários para sua aprovação.

Resistência e o Ambiente Político

A resistência à indicação de Messias é palpável, especialmente considerando que Alcolumbre, insatisfeito com a escolha, não comunicou sua posição a Lula antes ou depois do anúncio. O ambiente no Senado, portanto, permanece hostil, o que pode dificultar ainda mais a aprovação do indicado durante a sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A pressão sobre Messias aumenta, uma vez que sua sabatina e a votação no plenário podem ser adiadas para 2026, segundo alguns senadores.

A Indicação e a Comunicação

Lula, ao fazer a indicação, não ligou para Alcolumbre, um gesto que poderia ter amenizado as tensões. A escolha do presidente, que coincide com sua viagem à Cúpula do G20, parece ter sido feita sem uma estratégia clara de comunicação, o que pode prejudicar as chances de aprovação de Messias. Alcolumbre, que já havia manifestado apoio a outro candidato, o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco, não deverá facilitar o caminho para a nova indicação.

Comparações com Flávio Dino

Alguns senadores acreditam que Messias pode encontrar um caminho mais suave por meio de reuniões individuais, como fez o atual ministro Flávio Dino durante sua própria sabatina. No entanto, a comparação entre as situações é complexa e a resistência à indicação de Messias pode ser maior. O próximo passo é crucial: ele deverá iniciar encontros com senadores para tentar conquistar apoio e reverter a percepção negativa que cerca sua indicação.

O Desafio do Planalto

O Planalto está ciente do desafio que Messias representa, especialmente após a aprovação apertada do Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, que foi reconduzido ao cargo com uma diferença de apenas quatro votos. Essa situação ilustra a fragilidade do apoio que Lula pode contar no Senado, onde a confiança em sua capacidade de mobilizar votos está sendo testada. O futuro de Messias no Senado dependerá de sua habilidade em conquistar a confiança dos senadores nos próximos dias.

Conclusão

À medida que Messias se prepara para sua sabatina, o cenário político continua tenso. A falta de apoio imediato e o ambiente desfavorável são desafios significativos que ele deverá enfrentar. A habilidade política e a articulação serão fundamentais para determinar seu sucesso ou fracasso na busca pela aprovação do Senado.