Cúpula do G20 em Joanesburgo: líderes se reúnem para discutir economia e clima

Sun Xiang/China News Service/VCG via Getty Images

Encontro crucial ocorre na África do Sul, apesar da ausência de líderes como Donald Trump e Xi Jinping

Líderes do G20 se reúnem na África do Sul para discutir economia e mudanças climáticas, apesar de boicotes importantes.

Cúpula do G20 em Joanesburgo: foco em economia e mudanças climáticas

A cúpula do G20, que reúne as maiores economias do mundo, começa neste sábado (21) em Joanesburgo, na África do Sul, após um significativo boicote dos Estados Unidos. Este encontro é crucial, pois os líderes presentes representam cerca de 80% da economia mundial, incluindo nações como França, Reino Unido, Japão, Alemanha, Brasil e Índia.

Tradicionalmente, o fórum discute questões relacionadas a mudanças climáticas e a agenda econômica global. Neste ano, no entanto, um foco adicional será dado à discussão sobre minerais críticos, essenciais para a transição energética e o desenvolvimento sustentável. A cúpula visa também promover a solidariedade entre as nações, especialmente as em desenvolvimento, e ajudá-las a se adaptarem a desastres climáticos crescentes e a reduzirem suas dívidas.

Os países do G20 desempenham um papel vital na formação de uma resposta global ao aquecimento global, sendo responsáveis por 85% da economia mundial e mais de três quartos das emissões que contribuem para esse fenômeno. A ausência de líderes como Donald Trump e Xi Jinping, que não participarão do evento, levanta questões sobre a eficácia e o impacto da cúpula.

Impasse e boicote dos EUA

O governo dos EUA, sob a liderança de Donald Trump, justificou sua ausência na cúpula alegando discriminação racial histórica da África do Sul. O presidente sul-africano Cyril Ramaphosa enfrentou desafios para destacar o papel do país na promoção da diplomacia multilateral, especialmente na ausência de figuras políticas chave. O boicote dos EUA poderá ter um impacto significativo na agenda do evento, uma vez que Washington se opôs a qualquer menção a temas climáticos ou de energia renovável nas discussões

Na véspera da cúpula, representantes do G20 chegaram a um acordo sobre um projeto de declaração que aborda a necessidade de enfrentar as mudanças climáticas, mas sem a participação dos EUA. Um alto funcionário da Casa Branca qualificou essa manobra como “vergonhosa”, refletindo a tensão existente entre os membros do G20.

Oportunidades para a África do Sul

Apesar das dificuldades, alguns analistas acreditam que a ausência dos EUA pode, paradoxalmente, beneficiar a África do Sul, permitindo que o país estreite laços com a União Europeia e a China, seus principais parceiros comerciais. A cúpula poderá servir como uma vitrine para as economias africanas em crescimento e sua vasta riqueza mineral, destacando o potencial do continente no cenário global.

Embora o clima atual sugira que a reunião pode não resultar em uma declaração substancial, a cúpula do G20 na África do Sul é uma oportunidade para que o continente mostre sua relevância em questões econômicas e ambientais. A presidência rotativa do G20 será entregue a Washington em 2026, e o presidente Ramaphosa já indicou que terá que apresentar a presidência a uma “cadeira vazia” em sua transição. Esta cúpula, portanto, é uma oportunidade tanto para os líderes presentes quanto para a África do Sul como anfitriã de um evento de grande importância internacional.

Fonte: www.cnnbrasil.com.br

Fonte: Sun Xiang/China News Service/VCG via Getty Images

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