Alcolumbre comunica a Lula voto contrário a Jorge Messias ao STF

Vinicius Schmidt/ Metrópoles

Senador promete não travar análise da indicação, mas defende Rodrigo Pacheco

Davi Alcolumbre informa ao presidente Lula que votará contra Jorge Messias ao STF, preferindo Rodrigo Pacheco.

Alcolumbre avisa Lula sobre voto contra Jorge Messias ao STF

No dia 23 de novembro de 2025, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, comunicou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva sua intenção de votar contra a indicação de Jorge Messias ao Supremo Tribunal Federal (STF). Em reunião recente entre os líderes dos Poderes, Alcolumbre expressou que sua preferência recai sobre Rodrigo Pacheco, que já ocupou a presidência do Senado. Essa decisão, segundo aliados, foi tomada em um momento em que a escolha do ministro se torna um ponto de tensão na relação entre o Executivo e o Legislativo.

Alcolumbre, que possui influência significativa no Senado, explicou que, apesar do voto contrário, não irá atrasar o processo de análise da indicação de Messias, algo que fez anteriormente com André Mendonça, indicado por Jair Bolsonaro. Naquela ocasião, a análise da indicação ficou parada por quatro meses, algo que Alcolumbre promete não repetir. A expectativa é que a indicação de Messias seja rapidamente despachada para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde será avaliada se ele atende aos requisitos necessários para o cargo.

A estratégia de Alcolumbre e a posição de Pacheco

Embora tenha assegurado que não fará campanha contra Messias, a postura de Alcolumbre levanta dúvidas entre os petistas, que temem pela aprovação. A falta de apoio do presidente do Senado pode ser um obstáculo significativo, já que a aprovação para a nomeação requer 41 votos em um total de 81 senadores. O clima no Senado sugere que a cúpula considera essa vaga no STF como uma oportunidade inesperada para Lula, o que aumenta a pressão para que o presidente negocie mais com o Legislativo.

A estratégia de Alcolumbre também revela um desejo de ver Rodrigo Pacheco como o indicado ao STF. Pacheco, que tem uma relação mais próxima com os senadores, é visto como uma escolha que garantiria maior facilidade de aprovação. No entanto, Pacheco demonstrou desinteresse em concorrer ao governo de Minas Gerais, o que poderia complicar ainda mais a situação para a indicação de Messias, já que a sua colaboração é crucial para a obtenção dos votos necessários.

Expectativas sobre a votação e a relação entre os Poderes

Com a análise da indicação de Messias prevista para acontecer em breve, a dinâmica entre o Senado e o governo federal será colocada à prova. Os senadores próximos a Alcolumbre e Pacheco expressam a visão de que a atual situação é atípica e que Lula deve dividir os méritos da escolha com o Legislativo. A situação é ainda mais complexa considerando que o novo indicado ocupará a vaga deixada pelo ex-ministro Luís Roberto Barroso, que se aposentou antes de completar 75 anos.

Os aliados de Pacheco argumentam que ele merece a indicação ao STF, especialmente considerando sua posição em relação a Bolsonaro, que pode deixá-lo vulnerável em um futuro próximo. Assim, a pressão sobre Lula para que ele busque uma aliança com Pacheco é crescente, pois os petistas acreditam que o apoio do ex-presidente do Senado é fundamental para garantir a aprovação de Messias.

Conclusão

O desenrolar dessa situação será observado de perto, tanto pelo impacto que pode ter na composição do STF quanto pela relação entre o Executivo e o Legislativo. As decisões tomadas nas próximas semanas podem moldar não apenas o futuro de Jorge Messias, mas também o cenário político do Brasil nos próximos anos.

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