Conflito na Ucrânia se intensifica com ultimato dos EUA para aceitação de proposta
Trump pressiona Zelensky a aceitar plano de 28 pontos, sob risco de abandono dos EUA.
Ultimato de Trump a Zelensky: aceitar ou ficar só
O plano de 28 pontos proposto pelo governo dos EUA e negociado com a Rússia foi apresentado à Ucrânia esta semana, trazendo um ultimato claro: assine ou enfrente o risco de ser abandonado. O presidente Donald Trump afirmou que o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, “terá que gostar” do plano, deixando claro que não há espaço para negociações e que ele tem até quinta-feira para aceitar.
Na sexta-feira, Zelensky fez um discurso sério à nação, onde reconheceu a difícil escolha que se apresenta: perder o apoio dos Estados Unidos ou ceder às demandas russas, muitas das quais estão contidas nos 28 pontos. A perda do apoio norte-americano teria consequências severas para a Ucrânia, como a redução no fornecimento de armas e o acesso a informações de inteligência, em um momento em que a confiança no governo ucraniano já está abalada por escândalos.
Consequências da rejeição do plano
Rejeitar a proposta poderia significar uma separação existencial dos Estados Unidos, trazendo implicações estratégicas imensas para a Ucrânia e seus aliados europeus. A possibilidade de os EUA abandonarem o conflito comprometeria as promessas de garantias de segurança, fazendo com que tanto Zelensky quanto os europeus se sentissem abandonados. Além disso, a perda de armas norte-americanas, especialmente sistemas de defesa aérea como os Patriots, seria um golpe duro, embora a Ucrânia tenha conseguido desenvolver sua própria indústria de drones e mísseis.
A Europa, por sua vez, já alocou cerca de 40 bilhões de dólares em ajuda militar desde o início da guerra, superando os 35 bilhões oferecidos pelos EUA. Mesmo assim, a falta de apoio militar dos EUA afetaria principalmente as defesas aéreas ucranianas, que dependem fortemente da inteligência norte-americana. Zelensky já expressou sua necessidade de mais defesa aérea, mas os sistemas disponíveis são escassos.
O plano e suas implicações estratégicas
O plano de 28 pontos, elaborado pelo enviado de Trump, Steve Witkoff, e pelo oficial russo Kirill Dmitriev, também sugere que os ativos russos congelados sejam usados para financiar a reconstrução da Ucrânia, com os EUA recebendo metade dos lucros. Enquanto os líderes europeus expressam preocupação com as limitações propostas para as forças armadas da Ucrânia, o plano parece indicar uma mudança na dinâmica da relação transatlântica, onde os EUA desempenham o papel de mediador e não de aliado.
A resposta da comunidade internacional
Líderes europeus, junto com países como Japão e Canadá, manifestaram uma rejeição cortês ao plano, afirmando que ele “exige um trabalho adicional”. A situação atual se torna crítica, pois a rejeição do plano por parte de Zelensky pode resultar em consequências severas, não apenas para a Ucrânia, mas para toda a segurança europeia.
A pressão sobre a Ucrânia para aceitar este plano se intensifica em um contexto onde a guerra continua a se desenrolar e a necessidade de apoio externo se torna cada vez mais evidente. Zelensky, que anteriormente discutiu a necessidade de fortalecer a defesa aérea com Trump, agora enfrenta uma realidade em que suas opções parecem diminuir rapidamente, enquanto os riscos de uma nova divisão entre a Ucrânia e seus aliados se tornam mais palpáveis.
As implicações deste plano e a resposta da Ucrânia poderão definir o futuro do país na luta contra a agressão russa, e a pressão de Trump pode ser uma virada crucial neste conflito em curso.
Fonte: www.cnn.com
Fonte: Agência