Deputada afirma que ex-presidente estava confuso e sob efeito de medicamentos
Bia Kicis diz que Bolsonaro acreditava haver uma escuta na tornozeleira eletrônica que usava.
Bia Kicis comenta sobre a tornozeleira de Bolsonaro
No dia 22 de outubro de 2023, a deputada federal Bia Kicis (PL-DF) divulgou um vídeo em que afirma que o ex-presidente Jair Bolsonaro pensou que havia uma “escuta” instalada na tornozeleira eletrônica que utilizava. A deputada tenta esclarecer as suspeitas de que Bolsonaro teria tentado violar o equipamento de monitoramento, uma ação que poderia viabilizar uma fuga.
Kicis, em sua fala, destacou que Bolsonaro estava “sob efeito de remédios fortíssimos” e negou que ele tivesse a intenção de fugir. Segundo a parlamentar, o ex-presidente ouviu um ruído vindo da tornozeleira, o que o levou a tentar abri-la.
Tentativa de abrir a tornozeleira
No vídeo, Bia Kicis relata que a tornozeleira fez um barulho que chamou a atenção de Bolsonaro. “Ele estranhou e achou que pudesse haver uma escuta naquela tornozeleira. Então, ele tentou abrir”, disse Kicis. A deputada enfatizou que o ex-presidente não tentou remover a tornozeleira, mas apenas abrir para entender o que estava acontecendo. Ela mencionou que, apesar de a pulseira não ser de ferro, ele não cortou, mas sim tentou investigar o que havia dentro.
Estado emocional de Bolsonaro
Bia Kicis também reforçou o estado emocional de Bolsonaro, afirmando que ele está abalado não só fisicamente, mas emocionalmente. A deputada ressaltou que a Polícia Federal trocou o equipamento após o episódio, o que indica a seriedade da situação. Ela afirmou que, após a troca, Bolsonaro realmente tentou abrir a tornozeleira com um ferro de solda quente, mas insistiu que não houve uma tentativa de fuga, apenas curiosidade.
Contexto da prisão
A declaração de Kicis ocorre em um momento delicado para Bolsonaro, que foi preso na manhã do dia 22 de outubro e conduzido a uma cela especial na Superintendência da Polícia Federal. A ordem de prisão foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, e incluiu como motivos a vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e a tentativa de violação da tornozeleira eletrônica. A medida visa impedir uma possível fuga do ex-presidente, mas não significa que ele esteja cumprindo pena ainda.
Bolsonaro ainda tem o direito de apresentar um recurso ao STF, que deve ser protocolado até o dia 24 de outubro. Somente após a rejeição desse recurso é que o ex-presidente começaria a cumprir a pena imposta por liderar uma tentativa de golpe de Estado, que é de 27 anos e três meses de prisão.
Audiência de custódia
Está agendada para o meio-dia deste domingo (23) uma audiência de custódia para verificar as condições de detenção de Bolsonaro. A audiência será realizada de forma remota, e o vídeo não será transmitido ao público. Um juiz auxiliar do gabinete de Moraes conduzirá a sessão, que é parte do processo legal sobre a detenção de Bolsonaro.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br
Fonte: Cleia Viana/Câmara dos Deputados