Entenda as diferentes explicações do ex-presidente sobre a manipulação do dispositivo e suas implicações legais
Bolsonaro apresentou três versões sobre a manipulação da tornozeleira eletrônica, gerando repercussão legal.
Introdução às versões de Bolsonaro sobre a tornozeleira eletrônica
No dia 23 de novembro de 2025, Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, apresentou diferentes explicações sobre a manipulação da tornozeleira eletrônica que usava sob ordem do Supremo Tribunal Federal (STF). Desde julho deste ano, o dispositivo tem sido motivo de controvérsias e, até agora, foram registradas pelo menos três versões distintas sobre o ocorrido.
A primeira versão: curiosidade ou acidente?
A primeira versão sobre a violação da tornozeleira eletrônica foi documentada pela Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape). Segundo o documento, agentes informaram que Bolsonaro teria batido o dispositivo na escada, mas essa versão foi rapidamente contestada. O equipamento, conforme apurado, apresentava sinais claros de avaria, como queimaduras.
O relato do ‘surto’ e suas implicações
Durante uma audiência de custódia realizada em 23 de novembro, Bolsonaro alterou sua narrativa e afirmou que a manipulação da tornozeleira foi resultado de um ‘surto’ provocado pela combinação de medicamentos, especificamente Pregabalina e Sertralina. Ele alegou que os efeitos colaterais o levaram a acreditar que havia um dispositivo de escuta instalado na tornozeleira, o que motivou sua tentativa de abri-la com um ferro de solda.
Testemunhas e evidências
Bolsonaro relatou que estava em casa com familiares no momento da manipulação, mas todos estavam dormindo, não havendo testemunhas do ato. Ele afirmou que interrompeu a ação ao ‘cair na razão’ e que, posteriormente, comunicou a equipe responsável pelo monitoramento eletrônico sobre o ocorrido. Essa versão foi a única formalmente apresentada à justiça, enquanto as demais permanecem em um limbo de declarações informais.
Consequências legais e pericia da tornozeleira
A violação da tornozeleira eletrônica é um fator que contribuiu para a conversão da prisão domiciliar de Bolsonaro em preventiva, conforme decidido pelo ministro Alexandre de Moraes. A situação é agravada pelo risco de fuga e pela possibilidade de tumulto, uma vez que manifestações em apoio ao ex-presidente foram convocadas. A tornozeleira será submetida a uma perícia pelo Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal, que buscará identificar danos e evidências de manipulação.
Considerações finais
Além das implicações legais, as versões de Bolsonaro sobre a tornozeleira levantam questões sobre sua saúde mental e a influência dos medicamentos que estava utilizando. O caso continua em desenvolvimento e pode ter desdobramentos importantes nas próximas semanas. A defesa do ex-presidente foi intimada a apresentar explicações formais sobre a violação da tornozeleira até o final do dia 23 de novembro.