Mudanças propostas por Alemanha, França e Reino Unido visam redefinir negociações de paz com a Rússia
Alemanha, França e Reino Unido propõem mudanças ao plano dos EUA para a guerra na Ucrânia, buscando novas negociações com a Rússia.
Neste domingo (23), em Genebra, representantes de Alemanha, França e Reino Unido se reuniram com autoridades dos EUA e da Ucrânia para discutir o plano de paz para o conflito com a Rússia. A guerra, que se arrasta desde 2014, ganhou novos contornos com a invasão russa em 2022, e a proposta europeia surge como uma alternativa ao plano apresentado pelos EUA.
Os europeus pretendem iniciar negociações sobre cessão territorial a partir da atual linha de contato do conflito, ao invés de aceitar que certas regiões, como as províncias do Donbass, sejam reconhecidas como território russo, conforme sugerido pelos Estados Unidos. Isso reflete uma estratégia mais cautelosa e pragmática em relação ao status territorial da Ucrânia.
Propostas europeias para a paz
O plano inicial dos EUA propunha um limite de 600 mil soldados ucranianos, mas os europeus defendem um teto de 800 mil soldados em tempos de paz. Além disso, o documento elaborado por Alemanha, França e Reino Unido inclui:
- Garantia de segurança da Ucrânia semelhante ao artigo 5 do Tratado da Otan, que estabelece que um ataque a um membro deve ser considerado um ataque a todos os países do tratado.
- Posicionamento de caças da Otan na Polônia como medida de segurança regional.
- Possibilidade de a Ucrânia utilizar ativos russos congelados para sua reconstrução pós-guerra.
- Acordo de que a Ucrânia não deve tentar recuperar seu território ocupado por meios militares.
Após as conversas, os EUA e a Ucrânia emitiram uma nota conjunta destacando que as discussões foram “construtivas” e que um plano “atualizado e refinado” está em andamento. O comunicado ressalta a disposição de ambas as partes em continuar o trabalho conjunto e manter contato direto com os parceiros europeus.
O futuro das negociações
Essas novas propostas representam uma tentativa de reconciliar as diferenças entre as abordagens dos EUA e da Europa para a resolução do conflito. A expectativa é que as negociações prossigam em um ambiente de colaboração e diálogo, com foco na estabilidade da região e nas necessidades da Ucrânia. As próximas semanas serão cruciais para determinar o rumo das conversas e a viabilidade das sugestões apresentadas.
Com essas mudanças, a Europa busca não apenas fortalecer a posição da Ucrânia, mas também garantir um equilíbrio nas negociações que envolvem a Rússia. O sucesso dessa abordagem poderá influenciar decisivamente o futuro da segurança na Europa e a dinâmica do conflito em curso.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br
Fonte: Pool via Reuters