Penny Wong defende integridade territorial da Ucrânia diante de proposta de Trump

Lukas Coch/AAP

Ministra australiana ressalta a necessidade de respeitar a soberania da Ucrânia em meio a críticas ao plano de paz de Donald Trump

Penny Wong afirma que qualquer plano de paz para a Ucrânia deve respeitar sua soberania e integridade territorial.

Penny Wong e a integridade territorial da Ucrânia

A ministra das Relações Exteriores da Austrália, Penny Wong, enfatizou que a integridade territorial da Ucrânia deve ser respeitada, especialmente à luz do recente plano de paz proposto por Donald Trump. Durante uma série de reuniões em Genebra, a proposta de Trump gerou uma onda de críticas, tanto na Ucrânia quanto entre seus aliados europeus. Wong, ecoando a preocupação de líderes europeus, afirmou que qualquer acordo de paz deve garantir a soberania da Ucrânia e não ceder território ao agressor, neste caso, a Rússia.

Reações ao plano de Trump

A proposta de Trump, que solicita que a Ucrânia renuncie a terras sob seu controle e reduza o tamanho de suas forças armadas, foi recebida com indignação por líderes ucranianos e seus apoiadores internacionais. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, foi inicialmente pressionado a assinar o plano até quinta-feira, mas respondeu com cautela, enfatizando a necessidade de apoio contínuo da comunidade internacional. As críticas giram em torno da ideia de que o plano representa uma capitulação à agressão russa e ignora os direitos fundamentais da Ucrânia.

Alternativas e o papel da Austrália

Além das críticas, aliados da Ucrânia, incluindo o Reino Unido, Alemanha, França, Japão e Canadá, apresentaram um plano alternativo durante as discussões em Genebra. Esse novo plano omite as provisões favoráveis à Rússia do documento original e reafirma o compromisso com a soberania ucraniana. Wong ressaltou que a Austrália apoia firmemente a busca por um acordo que não apenas ponha fim à guerra, mas que também mantenha a estabilidade na Europa.

Comunidade ucraniana na Austrália

No âmbito interno, a comunidade ucraniana na Austrália expressou seu descontentamento com a proposta de Trump. Kateryna Argyrou, presidente da Federação Australiana de Organizações Ucranianas, descreveu o plano como uma capitulação perigosa que não apenas comprometeria a soberania da Ucrânia, mas também enviaria uma mensagem negativa para a região do Indo-Pacífico. Ela pediu ao governo australiano que se alinhasse com outras nações que rejeitam a proposta de Trump e afirmassem que as fronteiras da Ucrânia não devem ser alteradas pela força.

A busca pela paz

Trump, após o apelo das autoridades ucranianas e de seus aliados, afirmou que a proposta não era seu “último convite”, sugerindo que poderia haver espaço para negociação. Ele expressou a esperança de que a paz na Ucrânia pudesse ser alcançada em breve, mas os detalhes de qualquer acordo ainda parecem distantes. Enquanto isso, a situação continua a exigir um compromisso firme de todos os aliados da Ucrânia, conforme enfatizado pelo embaixador ucraniano na Austrália, Vasyl Myroshnychenko. Ele destacou a importância de fortalecer as sanções contra a Rússia e a necessidade de apoio contínuo para a luta da Ucrânia pela sobrevivência e pela democracia.

Fonte: www.theguardian.com

Fonte: Lukas Coch/AAP

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