Presidente ucraniano enfatiza a importância de não permitir que fronteiras sejam alteradas por força
Zelenskyy participa de cúpula na Suécia e fala sobre compromissos para a paz na Ucrânia, enfatizando a integridade territorial.
Zelenskyy destaca compromissos para a paz na Ucrânia na cúpula da Suécia
Na abertura da cúpula do Crimeia Platform, realizada via videoconferência, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, enfatizou que “o princípio central que manteve a Europa pacífica por mais tempo do que em qualquer outro momento de sua história deve ser respeitado”. Ele advertiu que se esse princípio “não funcionar na Europa, então onde funcionará?”.
Zelenskyy comentou sobre as negociações em Genebra, afirmando que a Ucrânia está “trabalhando em estreita colaboração com os EUA, parceiros europeus e muitos outros para definir passos que possam acabar com a guerra da Rússia contra nós e trazer segurança real”. Ele criticou o presidente russo, Vladimir Putin, dizendo que ele busca reconhecimento legal para o que foi roubado, quebrando o princípio da integridade territorial e soberania.
Em suas declarações, o presidente ucraniano elogiou os avanços nas discussões com os EUA, que abordaram pontos sensíveis sobre a liberação de prisioneiros de guerra ucranianos e crianças sequestradas pela Rússia. Contudo, ele salientou que “para alcançar a paz real, mais é necessário”. “Continuamos trabalhando com parceiros, especialmente os Estados Unidos, e buscamos compromissos que fortaleçam, mas não enfraqueçam, a nossa posição”, disse.
Zelenskyy pediu aos líderes para não serem “observadores passivos da história” e para defenderem os princípios fundamentais da paz pós-guerra na Europa: “as fronteiras não podem ser mudadas pela força, os criminosos de guerra não devem escapar à justiça e o agressor deve pagar integralmente pela guerra que iniciou”. Ele ainda abordou a importância de decisões sobre ativos russos, pedindo apoio contínuo para manter a pressão sobre a Rússia.
O presidente do Conselho Europeu, António Costa, comentou sobre a importância de uma posição unida e coordenada da UE em relação às negociações de paz, enquanto o Kremlin afirmou que não há planos para uma reunião entre delegações russas e norte-americanas nesta semana. A situação se complica ainda mais com a insistência do presidente tcheco, Petr Pavel, de que a Ucrânia deve ser incluída em qualquer acordo de paz, fazendo paralelos com o Acordo de Munique de 1938.
Pavel expressou sua preocupação de que qualquer decisão sem a participação substancial da Ucrânia poderia levar a consequências negativas, além de criticar as demandas iniciais da Rússia que buscavam restringir a capacidade da Ucrânia de se aliar a blocos como a OTAN ou a UE.
Ainda, na cúpula, destacou-se a necessidade de os países ocidentais se unirem e não demonstrarem divisões internas, uma vez que isso poderia ser explorado pela Rússia. O presidente tcheco, que possui um histórico militar, também ressaltou que a OTAN deve estar preparada e unida para defender seus aliados.
A reunião na Suécia culminou em uma discussão sobre a necessidade de apoio contínuo à Ucrânia, com ministros da UE pressionando por soluções que garantam a segurança europeia. A situação da guerra na Ucrânia se mantém crítica, exigindo comprometimento e ação de líderes globais para estabelecer um caminho claro rumo à paz.
Fonte: www.theguardian.com
Fonte: Volodymyr Zelenskyy and wife Olena walk outside