A decisão da Fundação Humanitária de Gaza gera críticas de diversas organizações internacionais
A Fundação Humanitária de Gaza encerrou suas atividades, gerando fortes críticas de observadores internacionais.
Fundação Humanitária de Gaza encerra ajuda humanitária em Gaza
Em 24 de novembro de 2025, a Fundação Humanitária de Gaza (GHF) anunciou o fim de sua atuação na ajuda humanitária em Gaza, após uma série de críticas de observadores internacionais e da Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinos (UNRWA). A decisão veio em um momento delicado, onde a população da região enfrenta sérios desafios alimentares e de segurança.
A GHF, apoiada por Israel e pelos Estados Unidos, implementou um sistema de distribuição que foi amplamente criticado, especialmente pelo chefe da UNRWA, Philippe Lazzarini. Durante sua operação, a fundação revelou que utilizou spray de pimenta e disparos de advertência para controlar as multidões, uma estratégia que gerou indignação entre os defensores dos direitos humanos.
“A Fundação Humanitária de Gaza anunciou hoje a conclusão bem-sucedida de sua missão de emergência em Gaza, após entregar mais de 187 milhões de refeições gratuitas diretamente a civis que vivem na região”, informou a entidade em um comunicado. No entanto, essa afirmação não aliviou as críticas recebidas, principalmente em um contexto onde a necessidade de assistência humanitária é cada vez mais premente.
Críticas ao sistema de distribuição
A atuação da GHF não foi isenta de controvérsias. Desde sua criação, a fundação enfrentou resistência e desconfiança, especialmente do grupo radical Hamas, que acusou a instituição de não entregar alimentos adequadamente na Faixa de Gaza. A decisão de fechar os centros de distribuição, após a implementação do cessar-fogo, levantou ainda mais questionamentos sobre a eficácia e a transparência da fundação.
Segundo fontes, a GHF foi criada em resposta ao apelo do então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que solicitou que a ajuda chegasse diretamente à população de Gaza. Contudo, a forma como essa ajuda foi gerida tem sido alvo de severas críticas, tanto de observadores internacionais quanto de autoridades locais.
O impacto do fim da ajuda
O fechamento das operações da GHF pode ter consequências devastadoras para a população de Gaza, que já enfrenta uma crise humanitária significativa. Com a continuidade dos conflitos e a instabilidade política na região, a necessidade de assistência humanitária permanece crítica. A falta de comida, água e suprimentos médicos pode agravar ainda mais a situação dos civis que vivem sob condições extremas.
A GHF também foi alvo de críticas por parte da UNRWA, que alertou sobre a necessidade urgente de um sistema de ajuda mais eficaz e humanitário na região. Em meio a um ambiente já tenso, a saída da fundação levanta preocupações sobre quem assumirá a responsabilidade por atender às necessidades básicas da população.
Conclusão
A decisão da Fundação Humanitária de Gaza de encerrar suas atividades em um momento tão delicado é uma questão que requer atenção internacional. A crítica à forma como a ajuda foi distribuída e a ineficácia em atender as necessidades da população revelam a complexidade da situação humanitária em Gaza. O futuro da assistência humanitária na região permanece incerto, e a comunidade internacional deve considerar urgentemente formas de apoiar a população civil que continua a sofrer com a falta de recursos essenciais.
Fonte: www.metropoles.com
Fonte: Khames Alrefi / Anadol / Getty Images