Senadores ressaltam importância do cooperativismo em sessão especial
Senadores discutem o papel do cooperativismo diante de crises sociais e climáticas em sessão especial.
Cooperativismo e seus desafios contemporâneos
Diante da complexidade dos desafios sociais e econômicos agravados pela crise climática, o cooperativismo se destaca como uma solução sustentável. No dia 24 de novembro de 2025, senadores e especialistas reuniram-se em uma sessão especial no Senado para discutir o papel vital das cooperativas no enfrentamento dessas questões.
Celebração do Ano Internacional das Cooperativas
A sessão não apenas celebrou o Ano Internacional das Cooperativas, mas também os 20 anos da União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes). A senadora Teresa Leitão (PT-PE), presidente da sessão, ressaltou que mais de 70% dos alimentos consumidos no Brasil provêm da agricultura familiar, evidenciando a importância deste setor na economia nacional. Segundo ela, o cooperativismo proporciona oportunidades para milhões de trabalhadores, oferecendo uma alternativa viável para enfrentar as crises atuais.
O impacto social das cooperativas
Leitão enfatizou que as cooperativas vão além de um simples modelo econômico, funcionando como instrumentos de inclusão social e geração de renda. Elas conectam pequenos produtores e comunidades, fortalecendo a produção local e contribuindo para a segurança alimentar no país, fatores que promovem um Brasil mais justo e solidário.
Reconhecimento da ONU
O evento contou com a presença do senador Izalci Lucas (PL-DF), que destacou a importância do reconhecimento da ONU. Ele afirmou que a organização comunitária e o trabalho coletivo são essenciais para a construção de sociedades mais resilientes e sustentáveis. Este reconhecimento global solidifica o cooperativismo como uma estratégia eficaz de desenvolvimento humano e econômico.
Fortalecimento do cooperativismo
Outro apoiador do cooperativismo, o senador Wellington Fagundes (PL-MT), argumentou que as cooperativas não são apenas formas de organização produtiva, mas também expressam valores de união e compartilhamento. Ele defendeu que fortalecer o cooperativismo é fundamental para o desenvolvimento do Brasil e para a manutenção do espírito comunitário que caracteriza o país.
A Unicafes e seu papel
Com a presença de mais de 1,5 mil cooperativas em 21 estados, a Unicafes representa quase 1 milhão de famílias agricultoras. Sua presidente, Fátima Torres, expressou alegria pela celebração de duas décadas de trabalho, ressaltando que é em espaços como o Senado que se votam políticas públicas que impactam a vida dos agricultores.
Desafios e perspectivas
Daniel Beniabino, diretor de Políticas de Gestão Ambiental Rural do Ministério do Meio Ambiente, reforçou a importância de desmistificar a noção de que a conservação da natureza é um entrave à produção de alimentos. Ele citou a agricultura familiar como um exemplo de que é possível produzir alimentos em abundância enquanto se protege a biodiversidade.
O secretário de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Vanderley Ziger, apontou que, apesar do avanço do cooperativismo, ainda existem desafios significativos, como a necessidade de formação e educação sobre os princípios cooperativos. Ele destacou que as cooperativas existem em função da união de pessoas que se juntam para superar obstáculos comuns.
Conclusão
A sessão no Senado foi um marco para o reconhecimento do cooperativismo como uma estratégia fundamental para enfrentar crises sociais e climáticas, reafirmando seu papel central na promoção do desenvolvimento sustentável e da inclusão social. A celebração do Ano Internacional das Cooperativas reforça a importância da união e do trabalho coletivo no fortalecimento da economia e na construção de uma sociedade mais justa.