Encontro visa negociação de um acordo complexo entre as nações envolvidas no conflito

EUA e Rússia se reúnem em Abu Dhabi para discutir proposta de paz na Ucrânia, liderada pelo secretário de Exército dos EUA.

Reunião entre EUA e Rússia discute paz na Ucrânia

Autoridades dos governos da Rússia e dos Estados Unidos se encontram em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, para discutir a proposta de paz na Ucrânia. Este encontro, iniciado na noite de 24 de novembro, é liderado pelo secretário de Exército dos EUA, Dan Driscoll. A pauta principal é a negociação de paz na Ucrânia, em um momento de tensões geopolíticas significativas.

Detalhes do encontro e participantes

O evento ocorre dois dias após Driscoll e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, se reunirem com diplomatas da Ucrânia em Genebra, na Suíça. As emissoras CBS e CNN reportam que a composição exata da delegação russa não foi confirmada, o que aumenta a expectativa sobre os resultados das negociações. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pode visitar Washington nesta semana para discutir detalhes sensíveis do acordo proposto.

O dilema de Zelensky e as exigências do acordo

O desenho do acordo apresenta um dilema histórico para Zelensky: aceitar concessões territoriais amplas à Rússia ou arriscar perder o apoio dos EUA. O plano, elaborado pelo enviado especial norte-americano Steve Witkoff e o negociador russo Kirill Dmitriev, contém 28 pontos que exigem reconhecimento de territórios ocupados.

Repercussões territoriais e militares

Um dos pontos mais polêmicos do documento exige que a Ucrânia e seus aliados reconheçam como russas não apenas a Crimeia e o Donbass, mas todos os territórios hoje ocupados por Moscou. A proposta prevê que regiões como Crimeia, Lugansk e Donetsk se tornem oficialmente russas, enquanto Kherson e Zaporíjia ficariam em uma espécie de limbo, reconhecidas como estão, mas sem uma definição clara sobre sua soberania.

Reconfiguração do Exército Ucraniano

O plano também exige uma reconfiguração significativa do aparato militar ucraniano. O Exército da Ucrânia seria reduzido a 600 mil soldados, e a presença de armas de longo alcance seria eliminada. Além disso, o documento sugere que a Ucrânia não deve ingressar na Otan, uma mudança que pode impactar a segurança regional a longo prazo.

Implicações sociais e políticas

Internamente, o acordo propõe que o russo se torne idioma oficial e impõe normas rigorosas para a proteção de minorias. As eleições nacionais devem ocorrer em até 100 dias, e anistias abrangentes seriam concedidas a todos os envolvidos nas ações da guerra, de ambos os lados. Essa reconfiguração poderá afetar profundamente a identidade e a estrutura política da Ucrânia.

Conclusão

O encontro em Abu Dhabi representa um momento crucial nas negociações de paz na Ucrânia. Com as exigências rigorosas do acordo em discussão, a posição da Ucrânia e a resposta dos aliados ocidentais serão fundamentais para os próximos passos no conflito. A comunidade internacional observa atentamente o desenrolar dessas negociações, que podem ter repercussões significativas em toda a região.

Fonte: www.metropoles.com

Fonte: m colorida de Trump, Putin e Zelensky