Presidente francês destaca a importância de ajustes na proposta americana para garantir aceitação ucraniana
Macron afirma que plano de paz de Trump deve ser aprimorado para ser aceitável para a Ucrânia.
Macron e o plano de paz de Trump para a Ucrânia
O plano de paz de Donald Trump, apresentado recentemente, requer melhorias significativas para ser aceito pela Ucrânia e pela Europa. O presidente francês, Emmanuel Macron, fez essa declaração em uma entrevista à rádio RTL nesta terça-feira (25). Segundo ele, a proposta de 28 pontos surpreendeu muitos no governo americano, em Kiev e na Europa, levantando preocupações sobre uma possível pressão para que a Ucrânia aceite um acordo favorável a Moscou.
Críticas ao plano inicial
Macron descreveu a proposta como uma iniciativa que “caminha na direção certa”, mas que contém aspectos que necessitam de discussão e aprimoramento. “Queremos a paz, mas não queremos uma paz que seja, na prática, uma capitulação”, disse ele, enfatizando que as decisões sobre concessões territoriais devem ser exclusivamente dos ucranianos.
Negociações entre EUA e Rússia
Enquanto isso, negociações entre os Estados Unidos e a Rússia sobre a situação da Ucrânia estão em andamento em Abu Dhabi. Trump manifestou otimismo quanto a um acordo de paz, conforme relatado por fontes da Casa Branca. A proposta inicial gera receios de que o que foi apresentado possa ser interpretado como aceitável pelos russos, mas Macron alertou que isso não significa que os ucranianos ou europeus devem aceitá-la.
Fortalecimento do Exército Ucraniano
Durante a entrevista, Macron também abordou a questão da defesa da Ucrânia. Ele afirmou que a primeira linha de defesa em um cenário de paz com a Rússia deve ser a regeneração do Exército ucraniano, e que não devem existir limites para isso. O presidente francês destacou que os ativos russos congelados, localizados na Europa, devem ser geridos exclusivamente pela Europa, e não podem ser controlados de forma unilateral.
A presença de forças internacionais
Poucas horas antes de uma videoconferência da chamada “coalizão dos dispostos” a ajudar a Ucrânia no pós-guerra, Macron discutiu sobre a presença de forças internacionais em um cenário de paz. Ele mencionou que haveria soldados britânicos, franceses e turcos prontos para realizar treinamentos e operações de segurança no dia da assinatura da paz, longe da linha de frente. “Temos cerca de 20 países que já se manifestaram sobre o que estão dispostos a fazer, seja no ar, em terra ou no mar”, concluiu ele.
Conclusão
O futuro da Ucrânia e as negociações de paz continuam a ser um tema delicado e complexo. A posição de Macron reflete a preocupação da Europa em garantir que quaisquer acordos respeitem a soberania da Ucrânia e promovam uma paz duradoura, ao invés de uma simples capitulação frente às demandas russas.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br
Fonte: Pool via Reuters