A proposta dos EUA gera reações negativas entre os ucranianos em meio ao conflito com a Rússia.
Proposta de paz de Trump causa indignação entre ucranianos em meio à guerra com a Rússia.
Ucranianos reagem ao plano de paz de Trump em meio a um conflito intenso
A proposta de paz de Donald Trump, que parece favorecer os interesses russos, despertou indignação entre os ucranianos, especialmente em um momento crítico do conflito. Nesta terça-feira, 25 de novembro, o presidente dos EUA apresentou um plano de 28 pontos que, segundo muitos, não oferece garantias adequadas à Ucrânia, enquanto a Rússia continua sua ofensiva militar.
A situação em cidades como Zaporizhzhia se deteriora com ataques aéreos regulares, e os cidadãos sentem o peso da guerra em suas vidas diárias. “A coletiva ocidental está repleta de cinismo. Ajudas militares estão sendo retidas, e pagamos com nosso sangue”, desabafou um operador de drone ucraniano, expressando a frustração de muitos.
O plano proposto e suas implicações
Trump ameaçou congelar a ajuda militar se a Ucrânia não aceitar sua proposta até o dia 27 de novembro, o que foi interpretado como uma pressão indevida em um momento de crise. A proposta inclui exigências que limitam a soberania da Ucrânia, como a proibição de se juntar à OTAN, e a aceitação de certas regiões como parte da Rússia, o que foi amplamente criticado por analistas e líderes ucranianos.
“Esse plano é uma prova da fraqueza dos EUA e uma oportunidade para a Rússia pressionar a Europa”, comentou um ex-diplomata russo. Com a guerra em curso e as perdas humanas aumentando, muitos ucranianos se sentem abandonados em suas necessidades e esperanças por um futuro seguro.
Reações da comunidade internacional e da população
As reações ao plano de Trump não se limitam à Ucrânia. Líderes europeus exigem um cessar-fogo imediato e garantias mais robustas para a segurança da Ucrânia. A proposta foi descrita como uma “declaração de abandono” por especialistas, que alertam que a Ucrânia não pode ser forçada a ceder a sua soberania sob pressão externa. “Qualquer paz deve ser digna e duradoura”, ressaltou o presidente do parlamento ucraniano.
Os cidadãos expressam seu descontentamento, como Yevheniya Demyanenko, que disse sentir-se traída pela direção que os aliados tomaram. “Parece que todos estão contra nós, e agora isso”, lamentou.
A crescente crise humanitária
As condições humanitárias na Ucrânia também se agravam. Bombardeios constantes resultam em apagões e destruição da infraestrutura, afetando milhões de civis. Com a chegada do inverno, a situação se torna ainda mais crítica, e o desespero cresce entre aqueles que esperam um futuro melhor. O governo ucraniano, por sua vez, tenta manter a moral alta, mas a pressão externa e interna continua a ser uma fonte de tensão.
Enquanto isso, a comunidade internacional observa com cautela, temendo que um acordo apressado possa levar a mais instabilidade na região. O futuro da Ucrânia e suas relações com o Ocidente estão em jogo, e as vozes de seus cidadãos clamam por respeito e dignidade em um momento de grande adversidade.
Fonte: www.aljazeera.com
Fonte: Reuters]