Servidores do presídio no RS são denunciados por desvio de alimentos e remédios

Polícia Penal do RS

Denúncia do Ministério Público revela práticas ilícitas de servidores penitenciários em Getúlio Vargas

Quatro servidores do Presídio Estadual de Getúlio Vargas são denunciados por desvio de alimentos e medicamentos.

Servidores do presídio no RS enfrentam graves acusações de desvio de alimentos e remédios

Quatro servidores do Presídio Estadual de Getúlio Vargas, no Rio Grande do Sul, foram denunciados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) nesta segunda-feira (24). A denúncia aponta que os envolvidos teriam praticado crimes de peculato, tráfico de drogas, posse ilegal de munições, condescendência criminosa e prevaricação. Essa situação levanta questões sérias sobre a integridade das instituições penitenciárias no estado.

Desvios entre 2016 e 2025

De acordo com as investigações, um agente penitenciário teria desviado, entre 2016 e 2025, alimentos, medicamentos, produtos de limpeza e utensílios do presídio. Segundo o MPRS, o agente executava esses desvios durante a madrugada, quando os colegas estavam dormindo, dificultando a detecção dos crimes. Na residência do agente, foram apreendidas munições, o que levanta ainda mais preocupações sobre a segurança pública.

A atuação da diretora e do policial penal

A então diretora do presídio foi denunciada por condescendência criminosa e prevaricação. Ela não apenas falhou em responsabilizar o agente envolvido, mas também teria tomado medidas para impedir que as investigações prosseguissem. Relatos indicam que a diretora afastou policiais que denunciavam as irregularidades, criando um ambiente de impunidade. Essa conivência pode ter facilitado a continuidade dos desvios.

Um policial penal também foi denunciado por condescendência criminosa, pois influenciou a diretora a manter sua omissão sobre os desvios. Essa estrutura de proteção interna revela um problema sistêmico nas instituições penitenciárias, onde a corrupção pode prosperar sem controle.

Consequências legais e reparação de danos

O MPRS não apenas requereu o andamento da ação penal, mas também a fixação de um valor mínimo para reparação dos danos causados, que deve ser superior a 20 salários mínimos. Essa medida busca não apenas punir os responsáveis, mas também compensar os prejuízos decorrentes das práticas ilícitas.

Reflexões sobre a segurança nas instituições penitenciárias

Essa denúncia é um reflexo preocupante da situação das instituições penitenciárias no Brasil, onde casos de corrupção e desvio de recursos públicos não são incomuns. As autoridades precisam agir com firmeza para restaurar a confiança da população e garantir que os servidores públicos atuem com ética e responsabilidade. A transparência e a responsabilização são fundamentais para evitar que escândalos como esse se repitam no futuro.

Fonte: www.cnnbrasil.com.br

Fonte: Polícia Penal do RS

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