Audiências do caso de empresário acusado de matar gari em Belo Horizonte

Início das audiências marca etapa crucial no julgamento de Renê da Silva Nogueira

Começaram as audiências do caso de Renê da Silva Nogueira, acusado de matar o gari Laudemir Fernandes em Belo Horizonte.

Começou nesta terça-feira (25), às 9h, a primeira audiência de instrução de Renê da Silva Nogueira, empresário acusado de matar o gari Laudemir Fernandes em 11 de agosto em Belo Horizonte, Minas Gerais. A audiência se desenrolará no 1º Tribunal do Júri Sumariante, localizado na avenida Augusto de Lima, em Barro Preto. Importante ressaltar que a imprensa não poderá acompanhar a sessão.

Fases do julgamento e testemunhas

Durante o processo, serão ouvidas oito testemunhas de acusação. Na quarta-feira (26), será a vez das seis testemunhas de defesa, e espera-se que, ainda nesse dia, Renê passe pelo seu interrogatório. A audiência de instrução é um momento crucial do processo, onde são colhidas provas orais, como depoimentos de testemunhas e esclarecimentos de peritos.

Após essa fase, o juiz dará início às alegações finais e, em seguida, proferirá a sentença. Essa etapa é fundamental para a coleta de evidências que determinarão a condenação ou a absolvição do réu.

Contexto do crime e evolução do caso

O empresário Renê se tornou réu no dia 16 de setembro, quando o Tribunal de Justiça de Minas Gerais aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público de Minas Gerais. Com isso, Renê passou da condição de denunciado para réu, tendo sua prisão preventiva mantida pela Justiça. O crime ocorreu no dia 11 de agosto, quando Laudemir foi morto a tiros pelo empresário enquanto trabalhava na coleta de resíduos. Renê alegou que o caminhão do gari estava “atrapalhando o trânsito” na região.

Após o crime, Renê foi encontrado em uma academia do bairro. A Corregedoria-Geral da Polícia Civil de Minas Gerais instaurou um inquérito para investigar o uso da arma da esposa do empresário, Ana Paula, no assassinato. Renê já possuía histórico criminal envolvendo violência doméstica e atropelamento com vítima fatal.

Desdobramentos e novas evidências

O caso teve diversos desdobramentos, incluindo a decretação da prisão preventiva de Renê após a audiência de custódia e a divulgação de imagens do momento do crime. A Justiça também autorizou a quebra do sigilo de dados telefônicos do empresário, confirmando que a arma utilizada pertencia à sua esposa. Em 18 de agosto, Renê confessou ter assassinado Laudemir, e no dia seguinte, o Ministério Público pediu o bloqueio de bens do empresário e de sua esposa, que foi negado pela Justiça.

No decorrer do processo, Renê trocou de defesa várias vezes e, em uma carta escrita por ele, descreveu o crime como um “acidente”. A situação de Ana Paula também se complicou, levando ao seu afastamento do cargo de delegada por motivos de saúde. O inquérito policial foi concluído em 29 de agosto e, posteriormente, o Ministério Público denunciou Renê, requerendo júri popular sobre o caso.

Implicações e futuro do julgamento

Com o início das audiências, a expectativa é que o julgamento avance rapidamente. A sociedade aguarda ansiosamente a decisão do juiz, que poderá determinar o futuro de Renê, agora réu em um caso que não apenas envolve a perda de uma vida, mas também levanta questões sobre a violência e a segurança nas cidades. O desfecho desse processo poderá trazer luz sobre a responsabilidade penal e social em casos de homicídio.

Fonte: www.cnnbrasil.com.br

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